Adrizzia Silva - Especial para A União
Na eleição para a reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que aconteceu ontem, a chapa encabeçada pela atual reitora Margareth Diniz/Bernadina Oliveira, alcançou 48,61% dos votos, seguida por Luiz Júnior/Terezinha Domiciano (27,10%), com José Neto/Ivonaldo Leite (14,88%) e Valdiney Gouveia/ Viviany Pessoa (9,42%). Segundo a comissão organizadora até 1 hora da manhã de hoje, faltavam chegar as urnas dos campi de Areia e Bananeiras.
Diante do quadro haverá segundo turno entre os dois primeiros colocados, no caso, Margareth Diniz/Bernadina Oliveira e Luiz Júnior/Terezinha Domiciano. O segundo turno acontecerá no próximo dia 27.
O processo de votação e apuração foi realizado por meio de 103 urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal regional Eleitoral (TRE), onde alunos, professores e servidores votaram entre as 8h e 21h.
Em entrevista ao jornal A União, os concorrentes ao cargo de reitor falaram sobre as expectativas diante das eleições, das prioridades e metas para a gestão, caso fossem eleitos, e comentaram também sobre os principais desafios para quem conseguisse vencer o pleito, que é mudar o cenário atual de obras inacabadas e lidar com a redução orçamentária por parte do Governo Federal.
Margareth Diniz, atual gestora, disse que as expectativas para a reeleição são as melhores possíveis e falou sobre as obras inacabadas. “Nós fizemos a nossa parte. Sabemos que os propósitos da UFPB foram sustentados com muita responsabilidade social. Uma instituição que pode ser muito mais e o nosso compromisso é com a qualidade, decência, seriedade, com a ética e honestidade. As obras inacabadas tinham erros graves, do ponto de vista técnico e jurídico, mas nós vamos resolver. Saiu um acórdão do TCU [Tribunal de Contas da União] que permite retomar as obras. Eu respondo pela universidade do dia que eu cheguei pra frente, pois não é justo que quem deu o caos ao feito, obras que foram recebidas, inauguradas sem a menor condição de uso, também não seja responsabilizado, porque é o dinheiro público, que nós vamos muitas vezes usá-lo para fazer uma coisa que já está no papel como feita, mas na realidade não está. Não é justo com a universidade e não é justo com a sociedade”, desabafou.