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Margareth Diniz e Luiz Júnior vão disputar segundo turno na UFPB

publicado: 14/04/2016 09h19, última modificação: 14/04/2016 09h19
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Concorrentes ao cargo de reitor, Margareth e Luiz Junior devem agora disputar apoio dos candidatos derrotados no primeiro turno - Foto: Evandro Pereira

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Adrizzia Silva
- Especial para A União

Na eleição para a reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que aconteceu ontem, a chapa encabeçada pela atual reitora Margareth Diniz/Bernadina Oliveira, alcançou 48,61% dos votos, seguida por Luiz Júnior/Terezinha Domiciano (27,10%), com José Neto/Ivonaldo Leite (14,88%) e Valdiney Gouveia/ Viviany Pessoa (9,42%). Segundo a comissão organizadora até 1 hora da manhã de hoje, faltavam chegar as urnas dos campi de Areia e Bananeiras.

Diante do quadro haverá segundo turno entre os dois primeiros colocados, no caso, Margareth Diniz/Bernadina Oliveira e Luiz Júnior/Terezinha Domiciano. O segundo turno acontecerá no próximo dia 27.

O processo de votação e apuração foi realizado por meio de 103 urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal regional Eleitoral (TRE), onde alunos, professores e servidores votaram entre as 8h e 21h. 

Em entrevista ao jornal A União, os concorrentes ao cargo de reitor falaram sobre as expectativas diante das eleições, das prioridades e metas para a gestão, caso fossem eleitos, e comentaram também sobre os principais desafios para quem conseguisse vencer o pleito, que é mudar o cenário atual de obras inacabadas e lidar com a redução orçamentária por parte do Governo Federal. 

Margareth Diniz, atual gestora, disse que as expectativas para a reeleição são as melhores possíveis e falou sobre as obras inacabadas. “Nós fizemos a nossa parte. Sabemos que os propósitos da UFPB foram sustentados com muita responsabilidade social. Uma instituição que pode ser muito mais e o nosso compromisso é com a qualidade, decência, seriedade, com a ética e honestidade. As obras inacabadas tinham erros graves, do ponto de vista técnico e jurídico, mas nós vamos resolver. Saiu um acórdão do TCU [Tribunal de Contas da União] que permite retomar as obras. Eu respondo pela universidade do dia que eu cheguei pra frente, pois não é justo que quem deu o caos ao feito, obras que foram recebidas, inauguradas sem a menor condição de uso, também não seja responsabilizado, porque é o dinheiro público, que nós vamos muitas vezes usá-lo para fazer uma coisa que já está no papel como feita, mas na realidade não está. Não é justo com a universidade e não é justo com a sociedade”, desabafou.

Opositor de Margareth, o professor Luiz Júnior falou que pretende mudar o padrão de gestão da UFPB, descentralizando o setor financeiro para desburocratizar a instituição e concluir as 56 obras paralisadas. ”Primeiramente, vamos ter que fazer um planejamento estratégico para mensurar os valores que estão sendo devidos para as obras que não foram concluídas e compreender quais são as prioridades. Em segundo lugar, a gente tem que fazer uma descentralização administrativa e financeira da atual gestão que está emperrando os processos de compras e licitações, junto com uma participação maior das unidades acadêmicas”, pontuou.