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Missa e solenidade relembram os 87 anos da morte de João Pessoa

publicado: 26/07/2017 00h05, última modificação: 26/07/2017 09h12
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O aniversário de 87 anos da morte do presidente João Pessoa será comemorado com uma Celebração Eucarística e um ato cívico - Foto: Marcos Russo

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O aniversário de 87 anos da morte do presidente João Pessoa, assassinado em 26 de julho de 1930, será comemorado nesta quarta (26), a partir das 9h, com uma Celebração Eucarística na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no centro da capital. Em seguida, às 10h30, acontecerá um ato cívico em frente ao monumento da Praça João Pessoa.

De acordo com a programação, será feita pelos parentes, admiradores, políticos e historiadores, uma visita ao túmulo do líder paraibano que dá nome a capital do Estado. João Pessoa foi assassinado na Confeitaria Glória, em Recife, pelo advogado João Dantas, num episódio que mudou a história do Brasil e é considerado como o estopim da Revolução de 30.

Ainda conforme a programação caberá ao professor Itapuan Botto Targino, membro da Academia Paraibana de Letras, fazer a saudação em nome da sociedade paraibana. A jornalista Rosa Aguiar, filha do historiador Wellington Aguiar, autor da biografia "João Pessoa - O Reformador", fará uma explanação em nome de seu pai e dos amigos da família Pessoa.

Preservação da história

Falando em nome da família Pessoa, o jornalista e acadêmico Abelardo Jurema Filho, sobrinho neto do presidente João Pessoa, acredita que as homenagens prestadas ao líder paraibano são importantes para preservar a história política da Paraíba “que passa, irremediavelmente, pelos acontecimentos de 30 e pela corajosa atuação do presidente assassinado no cenário político do país”.

"João Pessoa não ficou conhecido pela sua morte estúpida e surpreendente. Ele se projetou como homem público, como ministro do Supremo Tribunal Militar e, sobretudo, pela sua atuação no Governo da Paraíba quando enfrentou o poder dos coronéis, modernizou o Estado e realizou uma gestão íntegra e realizadora, daí ter sido tão amado e glorificado pela povo paraibano de sua época”. Analisou Abelardo. Ainda segundo ele, num momento em que o Brasil atravessa uma grave crise institucional, com os seus homens públicos envolvidos em processos de corrupção e outros crimes contra o erário público, reverenciar o presidente João Pessoa é motivo de muito orgulho para todos os paraibanos. “Ele foi implacável no combate à corrupção e ao tráfico de influência, fatos que determinariam a sua morte quando foi brutalmente assassinado, com três tiros desferidos a queima roupa, sem qualquer oportunidade de defesa”.

“Não há o que questionar em relação ao episódio da Confeitaria Glória nem mesmo os motivos que determinaram a ação do seu algoz. Nada pode justificar um crime daquela natureza quando uma pessoa , deliberadamente, investe contra um homem indefeso e lhe tira a vida”, salientou. Para Abelardo, as homenagens a João Pessoa não deveriam se resumir às solenidades oficiais promovidas pelo Governo do Estado. “A família se sente agradecida pela iniciativa do governador Ricardo Coutinho, mas sugere maior envolvimento do governo através das escolas públicas, motivando a participação no evento, com a realização de concursos de redação entre os alunos, para que as crianças e adolescentes conheçam quem foi exatamente o presidente João Pessoa e porque ele deu o nome à capital do Estado”, acentuou o sobrinho neto do ex-presidente.

João Pessoa

O paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em 24 de janeiro de 1878 na cidade de Umbuzeiro. Formou-se em Direito, influenciado pelo tio, Epitácio Pessoa, e foi auditor da Marinha, ministro do Supremo Tribunal Militar e eleito presidente da Paraíba em 1928. Ele também foi candidato a vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio Vargas.