A Prefeitura de Patos foi alvo na manhã dessa quinta-feira (21), de mais uma operação conjunta desencadeada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Controladoria Geral da União e pela Polícia Federal, que além da edilidade patoense, também fez buscas na sede da empresa Área Badalada e em residências de pessoas ligadas a gestão municipal.
Segundo o MPF o objetivo da ação foi de coletar provas de esquema ilícito nas execuções do São João de Patos nos anos de 2014, 2015 e 2016, bem como apurar o enriquecimento ilícito de pessoas investigadas que se beneficiaram a partir de apropriação de recursos captados em patrocínios do evento.
Os fatos apurados pelo MPF no Inquérito Civil 1.24.003.000131/2015-64, são derivados do encontro fortuito de provas que compõem o volume de farto material obtidos na Operação Desumanidade, cuja segunda fase foi realizada a cerca de um mês na cidade de Patos e em outros municípios da região.
De acordo com informações do próprio MPF foram ouvidas cinco pessoas envolvidas na investigação que apura possível enriquecimento ilícito na realização do São João de Patos, que vem sendo realizado desde o ano de 2014 pela empresa Área Badalada Eventos, que tem como um dos sócios, Wescley Barbosa, filho do secretário de Agricultura municipal, pessoa bastante ligada ao grupo Motta, que comanda a Prefeitura de Patos.
Entre os ouvidos durante a operação estavam os responsáveis pela empresa Área Badalada, nas pessoas de Wescley Barbosa, Joseilson Felipe da Silva e Wadi de Andrade Barros, além da secretária de Finanças do município, Méryclis D’Medeiros e a chefe de Gabinete da Prefeitura, Ilanna Motta, filha da prefeita Francisca Motta (PMDB), que segundo o próprio João Rafael, seria ouvida na capital do estado, onde se encontrava no momento da ação.
Em rápida entrevista à imprensa em frente à sede do Ministério Público Federal de Patos, o procurador João Rafael disse que apesar das evidências dos desvios dos recursos destinados ao evento ainda não dá para saber a quantidade que teria sido desviado. “A impressão que fica para o MPF é que apesar da contratação da Área Badalada, quem comandava a organização do São João era a própria prefeitura. Então a empresa servia para dar ares de legalidade ao que a prefeitura vinha fazendo, porque os áudios mostram pessoas da prefeitura determinando contratação de bandas, pagando bandas e contactando sobre a execução da festa, e os áudios mostram que na sequência há uma divisão de valores”, explicou João Rafael.
Durante toda a manhã a sede da prefeitura de Patos ficou fechada, ocupada pelos agentes federais e demais autoridades dos órgãos de controle que participam da investigação e que estavam fazendo o trabalho de coleta de documentos, o que fez com que os servidores ficassem aglomerados na calçada, em frente à sede.
O advogado Ayslan Pereira, que faz parte da procuradoria da prefeitura de Patos, disse que no final das investigações ficará provado que a prefeitura de Patos não tem nada a ver com essa operação realizada pelo MPF,
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MPF apura enriquecimento ilícito dos gestores de Patos no São João
publicado:
22/07/2016 00h05,
última modificação:
21/07/2016 22h00

Servidores da prefeitura de Patos ocuparam a calçada da sede que se manteve fechada enquanto agentes buscavam documentos - Foto: Sucursal de Patos
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