A 56a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), realizada ontem, foi marcada por uma discussão entre a vereadora Raíssa Lacerda e o presidente da Casa, Dinho Dowsley.
Raíssa utilizou a tribuna para questionar sua prisão, ocorrida no dia 19 de setembro, apontando que outras pessoas investigadas na Operação Território Livre seriam ligadas ao presidente da Câmara. “O que mais me chamou atenção foi eu ser presa com três assessores do presidente da Casa: Josivaldo, conselheiro tutelar do Bairro São José [alvo de mandado de busca e apreensão], funcionário e apoiador de Dinho; Pollyanna, mulher de traficante, apoiadora de Dinho; Taciana, apoiadora de Dinho. Eu fui presa com pessoas apoiadoras de outro vereador. Esse pessoal não é meu não, é do vereador Dinho”, acusou a parlamentar.
A vereadora também falou sobre a desistência de sua candidatura às Eleições 2024. “Por que não queriam que eu fosse candidata? A quem interessava me tirar do pleito?”, questionou.
Resposta
Dinho Dowsley rebateu o discurso de Raíssa Lacerda logo em seguida. “Vossa Excelência vai ter que provar que [os presos] são assessores meus. Eu entendo o momento vivido pela vereadora Raíssa — que tem todo o direito de se defender na justiça —, mas não vou admitir que meu nome seja jogado na lama. Até porque eu não tenho receio, não tenho um processo judicial contra a minha pessoa”, disse o presidente da Câmara, ao encerrar a sessão.
Defesa
Ao Jornal A União, o advogado Jhonson Abrantes, que representa Raíssa Lacerda, disse que não se manifestaria sobre as acusações feitas pela vereadora. A assessoria de Dinho Dowsley também não quis comentar o caso.
Despedida
Após a sessão, a vereadora concedeu uma coletiva de imprensa, onde revelou que não pretende mais seguir na vida político-partidária.
“Não pretendo mais disputar a política depois da injustiça, calúnia e difamação que sofri”.
Território Livre
Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Território Livre investiga o aliciamento violento de eleitores na capital paraibana. A primeira fase da operação foi realizada no dia 10 de setembro e resultou na apreensão de R$ 35 mil em espécie e de documentos. Nove dias depois, Raíssa Lacerda e mais quatro pessoas foram presas. Um novo desdobramento, no dia 28 de setembro, teve como alvo a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e a secretária dela.
A 56ª sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), realizada ontem, foi marcada por uma discussão entre a vereadora Raíssa Lacerda e o presidente da Casa, Dinho Dowsley.
Raíssa utilizou a tribuna para questionar sua prisão, ocorrida no dia 19 de setembro, apontando que outras pessoas investigadas na Operação Território Livre seriam ligadas ao presidente da Câmara. “O que mais me chamou atenção foi eu ser presa com três assessores do presidente da Casa: Josivaldo, conselheiro tutelar do Bairro São José [alvo de mandado de busca e apreensão], funcionário e apoiador de Dinho; Pollyanna, mulher de traficante, apoiadora de Dinho; Taciana, apoiadora de Dinho. Eu fui presa com pessoas apoiadoras de outro vereador. Esse pessoal não é meu não, é do vereador Dinho”, acusou a parlamentar.
A vereadora também falou sobre a desistência de sua candidatura às Eleições 2024. “Por que não queriam que eu fosse candidata? A quem interessava me tirar do pleito?”, questionou.
Resposta
Dinho Dowsley rebateu o discurso de Raíssa Lacerda logo em seguida. “Vossa Excelência vai ter que provar que [os presos] são assessores meus. Eu entendo o momento vivido pela vereadora Raíssa — que tem todo o direito de se defender na justiça —, mas não vou admitir que meu nome seja jogado na lama. Até porque eu não tenho receio, não tenho um processo judicial contra a minha pessoa”, disse o presidente da Câmara, ao encerrar a sessão.
Defesa
Ao Jornal A União, o advogado Jhonson Abrantes, que representa Raíssa Lacerda, disse que não se manifestaria sobre as acusações feitas pela vereadora. A assessoria de Dinho Dowsley também não quis comentar o caso.
Despedida
Após a sessão, a vereadora concedeu uma coletiva de imprensa, onde revelou que não pretende mais seguir na vida político-partidária.
“Não pretendo mais disputar a política depois da injustiça, calúnia e difamação que sofri”.
Território Livre
Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Território Livre investiga o aliciamento violento de eleitores na capital paraibana. A primeira fase da operação foi realizada no dia 10 de setembro e resultou na apreensão de R$ 35 mil em espécie e de documentos. Nove dias depois, Raíssa Lacerda e mais quatro pessoas foram presas. Um novo desdobramento, no dia 28 de setembro, teve como alvo a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e a secretária dela.