O secretário estadual da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, realizou ontem vistoria no Arco Metropolitano Leste, em Campina Grande junto com equipes do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB), da Defesa Civil e da Cosampa - Projetos e Construções LTD, empresa responsável pela obra. A visita do secretário foi ocasionada por causa de boato nas redes sociais que havia risco para a população, após parte do muro de contenção de aterro do viaduto deslizar. Segundo o secretário, o problema “não compromete em nada a segurança do viaduto” e a construtora “vai rapidamente corrigir)”. A previsão é que a estrutura seja totalmente reparada em até 90 dias.
Para coibir a disseminação de informações falsas e tranquilizar os moradores da região de Campina Grande, o Governo da Paraíba informou, através da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-PB), que acionará criminalmente as pessoas e membros de grupos políticos que estão espalhando nas redes sociais que o Arco Metropolitano Leste estaria prestes a desabar. Segundo o Governo, trata-se de um “claro ato de terrorismo” em que os responsáveis pelos conteúdos veiculados “estão tentando levar pânico à população”.
As supostas denúncias começaram a surgir no último domingo (7), após o rompimento de um muro de contenção do aterro sob o viaduto que passa sobre a BR-104, próximo ao município de Lagoa Seca.
A obra, como um todo, conforme explicou Deusdete Queiroga, está perfeita e foi apenas um problema pontual que será corrigido em definitivo pela empresa Cosampa, responsável pela sua construção. “Com pouco mais de seis meses de construída e inaugurada e ainda com a garantia que a própria lei disciplina, tranquilizo a população de Campina Grande e da região de que esse problema será resolvido e não compromete em nada a segurança do viaduto e das pessoas que trafegam na área e que utilizam o Arco Metropolitano Leste de Campina Grande, que ajuda muito a cidade, a mobilidade urbana, reduz o tempo de viagem das pessoas que vêm do Brejo e se deslocam até o Litoral”, ressaltou Deusdete Queiroga. Além disso, facilita o acesso de quem vai ou vem de municípios como Esperança, Cuité, Remígio, Barra de Santa Rosa, entre outros do Brejo e do Curimataú.
O secretário da Infraestrutura e Recursos Hídricos disse ainda que se trata de uma obra fantástica e não é interessante que se tenha qualquer confusão em relação a isso. “Repito: a segurança está preservada e a empresa responsável vai, rapidamente, corrigir o problema que ocorreu com este muro de contenção do aterro”, garantiu o secretário.
Vale salientar que a empresa Cosampa ainda está presente na obra concluindo itens de dispositivos de drenagem para o direcionamento correto das águas pluviais, além dos serviços de paisagismo com o plantio de grama nos taludes dos aterros, que são considerados essenciais para evitar problemas de erosões durante o período de chuvas.
Em nota, o DER-PB também negou qualquer instabilidade estrutural na obra e classificou as supostas denúncias como “absurdas” e “com interesses meramente politiqueiros”.
“É um ato irresponsável diante de uma das maiores obras de mobilidade urbana realizadas na cidade nos últimos anos, que já beneficia, diariamente, mais de 650 mil habitantes de Campina Grande e sua região metropolitana”, destacou o órgão.
Padrões da ABNT
Segundo o diretor de Planejamento do DER-PB, José Arnaldo Souza Lima, a obra do Arco Metropolitano atende aos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sobretudo no que diz respeito à solidez estrutural e a funcionalidade do projeto.
“A equipe de fiscalização do DER-PB, como de costume, foi muito rigorosa no controle de qualidade dos serviços realizados pela empresa de engenharia responsável pela obra”, assegurou.
De acordo com o DER-PB, o Arco Metropolitano de Campina Grande foi construído para retirar o tráfego de longa distância do centro da cidade, principalmente de caminhões, reduzindo o tempo de deslocamento das pessoas e os índices de acidentes de trânsito. A obra também tem como objetivo garantir mais conforto e segurança à população que trafega pela região. Ao todo, foram investidos R$ 48 milhões com recursos próprios do Governo do Estado.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de julho de 2024.