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Otan aumenta pressão sobre Rússia e expulsa 7 diplomatas

publicado: 28/03/2018 00h05, última modificação: 28/03/2018 08h54
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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que as expulsões dos diplomatas é uma resposta à conduta russa - Foto: Yves Herman/Reuters

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Da Agência EFE

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiu expulsar sete diplomatas da Rússia em resposta ao envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha em Salisbury, no sul da Inglaterra - incidente do qual o Reino Unido responsabiliza o governo de Moscou -, segundo anunciou ontem o secretário-geral da aliança, o ex-primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg.

“Hoje retirei o credenciamento de sete funcionários da missão russa para a Otan. Também negarei a solicitação de credenciamento pendente para outros três”, declarou o político norueguês em entrevista coletiva.

Stoltenberg explicou que o Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão política da Otan, apoiou reduzir para dez membros “o tamanho máximo” da representação russa perante a aliança, que ficará composta por 20 pessoas após as saídas anunciadas na última terça-feira (27).

O secretário-geral da Otan ressaltou que as expulsões dos diplomatas “enviam uma mensagem clara à Rússia de que há custos e consequências para o seu padrão de conduta” e especificou que as mesmas ocorrem após “a falta de uma resposta construtiva” ao incidente em Salisbury no dia 4 de março.

“Em linha”

Para ele, a medida está “em linha” com as obrigações legais da Otan. Stoltenberg afirmou que a resposta da Aliança ao envenenamento de Skripal e sua filha Yulia em solo britânico com um agente químico que ataca o sistema nervoso não representa uma mudança no enfoque da organização a respeito das suas relações com a Rússia, que combina o diálogo com uma “defesa forte”.

“A Rússia ainda terá uma missão diplomática perante a Otan. O seu tamanho será grande o suficiente para facilitar o diálogo político entre a organização e a Rússia”, disse o líder da aliança.
Ele destacou que o ataque a Skripal foi a primeira utilização de um produto químico nervoso no território da Otan e indicou que, até ao momento, 25 países-membros da aliança e outros associados já expulsaram “cerca de 140 funcionários russos” devido ao envenenamento.

“Esta é uma resposta internacional ampla, sólida e coordenada”, apontou Stoltenberg. A Aliança do Tratado do Atlântico Norte também expressou solidariedade com o Reino Unido e ofereceu apoio na investigação aberta do caso.