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Polícia Federal aperta o cerco a Aécio e pede registros de seu operador

publicado: 18/01/2018 20h09, última modificação: 18/01/2018 20h09
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O senador Aécio Neves teria se beneficiado com dinheiro de propina - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

tags: senador aécio neves , corrupção , caixa 2 , polícia federal , operação lava jato


Da Revista Fórum

A Polícia Federal (PF) solicitou cópias dos registros de entrada e saída de endereços ligados ao empresário Oswaldo Borges, apontado por delatores da Operação Lava Jato como operador do recebimento de caixa 2 de campanhas do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Borges comandou a licitação da Cidade Administrativa no então governo de Aécio em Minas Gerais, obra mais cara da gestão do tucano e, segundo um delator da Odebrecht, teria cobrado e recebido dinheiro de propina e caixa 2 em favor a Aécio Neves e seu grupo político. As informações são de Leandro Prazeres, do UOL.

A PF solicitou os registros das sedes da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), presidida por Oswaldo Borges, entre 2003 e 2014. Os investigadores também pediram acesso aos registros das sedes da concessionária de veículos Minas Máquinas, da qual Borges é diretor financeiro, e de um apartamento alugado pela Odebrecht onde, segundo seus delatores, ocorriam as entregas de dinheiro vivo a intermediários de Borges.

O foco nesses endereços é uma tentativa dos investigadores de obter evidências que possam comprovar ou não os relatos de delatores da Odebrecht como Sérgio Neves, ex-executivo da empresa em Minas Gerais. Em depoimento prestado no ano passado, ele disse à PF que, em 2014, participou do pagamento de pelo menos R$ 5,2 milhões a Borges a título de caixa 2 para a campanha presidencial de Aécio Neves e de outros integrantes do grupo político do tucano.

Sérgio Neves disse que chegou a fazer a entrega de R$ 500 mil em espécie nas mãos de Oswaldo Borges. O repasse teria sido feito no dia 3 de novembro de 2014, na sede da concessionária em Contagem.