Mariana Lira
Especial para A União
A Prefeitura Municipal de João Pessoa calcula para este ano um déficit primário 20% maior que o de 2017 e reduz despesas com investimentos em 15,93%. O déficit primário previsto em R$ 29 milhões, em 2018. Isto é, as receitas, como impostos e transferências de estados e da União, não serão suficientes para arcar com as despesas, como pagamento de pessoal e investimentos, além das operações financeiras, como pagamento de juros e amortização de empréstimos. É necessário cobrir a diferença com novos empréstimos, ou fazer caixa com a venda de ativos, por exemplo. Em 2017, o déficit foi de R$ 24 milhões. As informações são do portal G1.
As despesas com investimentos para ampliação da capacidade de atender a população serão reduzidas em 15,93% no ano de 2018, conforme o orçamento aprovado da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Estima-se que serão gastos R$ 343 milhões, enquanto em 2017 foram gastos R$ 408 milhões em melhorias para a cidade.
Quando uma prefeitura considera reduções nesse tipo de despesas, os cortes podem afetar os gastos com obras e compras de equipamentos destinados a ampliar a capacidade das prefeituras de atenderem à população, como a construção de terminais de ônibus e a compra de aparelhos para a realização exames médicos.
Já as despesas correntes, que são as destinadas ao custeio da cidade, como os salários de funcionários, devem subir 7,28% de 2017 para 2018. No último ano, a inflação foi de 2,95%.
Para este ano, o orçamento aprovado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa indica uma receita total de R$ 2,72 bilhões, valor 5,66% maior que a de 2017 (R$ 2,57 bilhões).
A gestão do atual prefeito da cidade, Luciano Cartaxo, informa que a previsão de redução na despesa de investimento decorre de uma diminuição na previsão de transferência de receitas por parte do governo federal, por meio de convênios, e disse irá aumentar a destinação de recursos próprios para os investimentos.
Conforme a administração, considerando-se os recursos próprios da prefeitura, a previsão de investimento aumentou 45,5% entre 2017 (R$ 64.070.166) e 2018 (R$ 93.207.497).
Não houve explicação por parte da prefeitura sobre os motivos do déficit primário mesmo com a queda nos investimentos. Apenas afirmou que houve um aumento de 5,6% na receita total prevista em 2018 na comparação com 2017.
Sobre o aumento de despesas correntes (como gastos de pessoal), a gestão de Luciano Cartaxo informou que o acréscimo é “acréscimo perfeitamente racional para despesas do grupo de custeio”.
Mesmo com a previsão de investimento menor, a administração do prefeito diz que nenhum cronograma de entrega de obras ou cumprimento de metas para 2018 será afetado, já que o início das obras só ocorre quando os recursos estão assegurados.