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Ex-assessor de Temer vira réu por corrupção no caso da mala com R$ 500 mil

publicado: 11/12/2017 19h05, última modificação: 11/12/2017 19h45
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Rocha Loures foi pego com mala de R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS - Foto: Reprodução/Internet

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Do Estadão Conteúdo

O juiz Jaime Travassos Sarinho aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e transformou o ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB), Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), em réu no caso da mala de R$ 500 mil entregue por um executivo da JBS. Gravado e filmado em negociações e ao receber uma mala, o ex-assessor presidencial irá responder ao processo penal na 10ª Vara Federal em Brasília por corrupção passiva.

A denúncia é a mesma oferecida contra Michel Temer por crime de corrupção passiva e que teve o prosseguimento inviabilizado por decisão da Câmara dos Deputados. Após a decisão dos deputados, o relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, enviou para a primeira instância a parte da acusação formal que trata de Loures. A acusação foi retificada pelo procurador Frederico Paiva, na Procuradoria do Distrito Federal.

No entendimento do juiz Jaime Sarinho, verifica-se que “há substrato probatório mínimo que sustenta a inicial acusatória, existindo, portanto, justa causa para a deflagração da ação penal”. Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil do executivo da JBS Ricardo Saud. De acordo com a investigação, o ex-assessor seria um intermediário entre o presidente e o empresário Joesley Batista.

O pagamento era parte de R$ 38 milhões que Batista teria prometido para que o grupo político do presidente atuasse em assuntos de interesse da JBS no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ao receber a denúncia, o juiz apontou que os relatos da acusação estão “materializados” nos relatórios polícias, áudios, vídeos, fotos e diversos documentos colhidos na investigação feita pela Polícia Federal e Procuradoria Geral da República.