Com a finalidade de planejar ações para conter os casos de dengue, zika e chikungunya em 2020, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), realizou nesta quinta-feira (17) o Seminário Estratégico para combate das arboviroses (viroses causadas por insetos) transmitidas pelo Aedes aegypti. A agenda teve como público alvo os profissionais técnicos das Gerências Regionais de Saúde (GRS), apoiadores institucionais e do Cosems.
De acordo com a técnica do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES, Fernanda Vieira, o seminário tem o objetivo geral de fortalecer e potencializar as gerências regionais e apoiadores para que estes tenham subsídios para orientar os municípios na construção e execução dos planos de contingência municipais de arboviroses para 2020. Ela explica que este documento tem o intuito de apoiar e traçar ações de vigilância epidemiológica e ambiental a serem realizadas mediante a ocorrência de casos. “O plano é acionado por níveis, aumentando e intensificando, assim, o número de ações em cada território”, explana.
Na programação do evento, palestras sobre os aspectos clínicos das arboviroses e os relevantes da vigilância ambiental, além dos aspectos laboratoriais voltados para o diagnóstico das doenças e roteiro para construção dos planos municipais.
Médica infectologista e palestrante do seminário, Monnara Lúcio afirma que o seminário é importante para o controle vetorial nos territórios, que é o combate ao mosquito como forma de combater as doenças. Em sua fala, ela abordou os critérios das características do mosquito e da doença, da sintomatologia, diagnóstico e tratamento.
“Os gestores e os técnicos das gerências precisam ter conhecimento dos sintomas para dar suporte ao profissional da ponta quando preciso e também para traçar planos e ações para erradicar a doença”, pontua.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, afirma que a meta da secretaria é diminuir os óbitos por arboviroses em 2020 e, para isso, é preciso que cada município organize o processo de trabalho. Ela diz que o objetivo é dar continuidade ao que já vem sendo discutido e trabalhado com o Ministério da Saúde e explica que a condução do plano é de cada município, mas que o Estado apresenta uma linha de condução.
“O plano de contingência é um plano vivo, flexível. A gente pede que cada município olhe sua realidade e só depois trabalhe com os níveis de execução do plano. Enquanto estado, nós somos multiplicadores e estamos disponíveis para orientar, nortear o plano para os 223 municípios”, completa.