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Separatistas catalães ainda tentam acordo para formar governo

publicado: 08/02/2018 20h00, última modificação: 08/02/2018 20h02
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A Catalunha chegou a declarar a sua independência de forma unilateral, mas a decisão foi derrubada pelo governo espanhol - Foto: Reprodução/Internet

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Marieta Cazarré
Da Agência Brasil

Os dois partidos separatistas mais fortes da Catalunha, JuntsXCat (Juntos pela Catalunha) e ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), continuam tentando chegar a acordo para formar um governo efetivo. O desafio ainda é encontrar uma maneira de que Carles Puigdemont, ex-presidente destituído e principal candidato a reassumir o cargo, possa ser investido estando auto-exilado em Bruxelas.

As negociações entre os dois partidos parecem estar evoluindo e há nova estratégia: empossar a deputada Elsa Artadi, aliada de Puigdemont, para presidir a instituição. A ideia é que Puigdemont seja o presidente e siga governando desde Bruxelas, enquanto Elsa faria a parte executiva em nome dele. Não há ainda a confirmação de que essa estratégia será posta em prática, apesar de deputados do JuntsXCat terem afirmado que sim. O desafio dos separatistas é conseguir que Puigdemont mantenha a direção política do governo, mesmo estando em uma situação jurídica complicada: auto-exilado na Bélgica, com ordem de detenção na Espanha.

Uma saída que foi sugerida pelos independentistas para conseguir manter Puigdemont como líder da Catalunha é a criação de um Conselho da República, que teria de ser criado por meio de uma reforma na Lei da Presidência e do governo da região. Como a oposição certamente votaria contra uma iniciativa dessa natureza, os separatistas já pensaram em criar um conselho puramente simbólico, para dificultar que o Tribunal Constitucional se manifeste contra.

As negociações a respeito dessas possibilidades de investidura seguirão durante o dia desta sexta-feira (9). Puigdemont, ao que parece, não desistirá de assumir a presidência da Generalitat (governo da Catalunha) e seguirá buscando meios para realizar seu objetivo, mesmo estando na Bélgica.