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SES discute Saúde da Criança e Aleitamento Materno durante encontro

publicado: 28/03/2019 09h49, última modificação: 28/03/2019 09h49
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- Foto: Foto: Ricardo Puppe


A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Área Técnica de Alimentação e Nutrição, deu início, na manhã da última quarta-feira (27), ao Encontro da Saúde da Criança e Aleitamento Materno. O evento, que acontece no auditório da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) e segue até a próxima sexta-feira (29), é fruto da parceria com a Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.

A programação desta quarta-feira começou com um encontro com avaliadores da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e, à tarde, com gestores dos hospitais credenciados na Iniciativa no Estado. A IHAC é um selo de qualidade conferido pelo Ministério da Saúde aos hospitais certificados que recebem uma placa que é fixada na entrada da maternidade.

"A Paraíba, atualmente conta com 15 hospitais credenciados na Iniciativa Hospital Amigo da Criança, sendo cinco em João Pessoa, três em Campina Grande, um em Santa Rita, Mamanguape, Guarabira, Solânea, Bananeiras, Belém e Patos. A IHAC tem o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O aleitamento materno é a estratégia isolada de maior impacto na mortalidade na infância e, segundo evidências científicas, atribui-se ao aleitamento materno a capacidade de reduzir em 13% as mortes de crianças menores de cinco anos por causas que poderiam ser evitadas ", informou Ana Maria Alves Neves, nutricionista da Área Técnica de Alimentação e Nutrição da SES.

O encontro tem como objetivo fortalecer ações e a política nacional de aleitamento materno. Os debates promovem a troca de experiências, a avaliação dos trabalhadores e gestores do serviço e o compartilhamento de bons resultados.

“Ouvir os avaliadores da iniciativa Hospital Amigo da Criança é importante porque a responsabilidade deles é muito grande. Eles, junto com a equipe, garantem que a criança tenha um bom nascimento, que a mulher seja bem cuidada antes, durante e depois do parto. Vê-los num encontro como este é ter a certeza de que o trabalho será fortalecido”, pontuou a nutricionista e consultora técnica da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Renara Guedes de Araújo.

Programação - Nesta quinta-feira (28), a programação vai das 8h30 a 12h30, no auditório da Funad, com tutores da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil (EAAB). Lançada em 2012, a Estratégia tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica, pilares da estratégia, com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Aqui no Estado já foram realizadas quatro oficinas da EAAB: João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo e Baía da Traição, formando mais de 100 tutores na Estratégia Amamenta Alimenta Brasil. As ações visam colaborar com a atenção integral da saúde das crianças e têm como princípio a educação permanente em saúde e como base a metodologia crítico-reflexiva que é desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas, leituras e discussões de texto, troca de experiência, dinâmicas de grupo, conhecimento da realidade local, sínteses e planos de ação", explicou Ana Maria.

O encontro na sexta-feira (29) também acontece no auditório da Funad, das 13h30 a 17h30, com tutores da Estratégia Mulher Trabalhadora que Amamenta (MTA). A estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta consiste em criar nas empresas públicas e privadas uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma de promover a saúde da mulher trabalhadora e de seu bebê, trazendo benefícios diretos para a empresa e para o país. Na Paraíba existem 14 Salas de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que 34% das mães brasileiras que trabalhavam fora de casa naquele ano e que tinham bebê menor de um ano não amamentavam mais a criança, enquanto que entre as mães que não trabalhavam fora de casa esse índice era de 19%. Os dados mostram que as condições de trabalho da mulher e o nível de sensibilidade da empresa implicam diretamente no tempo que o bebê é amamentado e, consequentemente, na saúde da criança.

"A sala é um local simples, dentro da empresa, destinado às mulheres trabalhadoras que retornam da licença-maternidade e desejam continuar amamentando seus filhos. Nessa sala, a mulher pode retirar e armazenar o seu leite em condições higiênico-sanitárias adequadas durante a jornada de trabalho", disse Ana Maria.

Confira aqui a programação completa