José Alves
Em entrevista coletiva ontem na sala de imprensa da Câmara dos Vereadores de João Pessoa, o presidente da Casa, Durval Ferreira, revelou que já foram protocoladas a entrega de quatro CPIs, sendo a primeira sobre a Lagoa, pela bancada da oposição e mais três pela bancada da situação, uma para apurar o caso Desk, outra sobre a Cagepa e a terceira sobre Informática. “Todas serão encaminhadas para a Procuradoria que vai analisar qual delas tem fato determinante, para que a gente possa realmente encaminhar e formalizar a CPI, mas pelo regimento da Câmara, só três poderão ser formalizadas”.
Caso chegue mais uma, que é o que se comenta na Casa, serão cinco CPIs, e se mais uma for formalizada, disse Durval, somente três serão aceitas para serem encaminhadas pela Câmara. “O critério de escolha é aquela que for analisada e tiver fato determinante, e também que esteja correta na solicitação”, explicou o presidente da Câmara, enfatizando que serão barradas as que tiverem falhas e não tiverem fatos determinantes.
Sobre a retirada de assinatura da CPI, ele disse que qualquer vereador pode retirar a assinatura dentro do prazo determinado pela Casa. Ele negou que esteja havendo pressão da Câmara para que os vereadores retirem as assinaturas.
Intervenção
O vereador Renato Martins, disse ontem que o pedido para que a Câmara protocolasse mais três CPIs talvez seja uma intervenção do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, para que a CPI da Lagoa não seja aceita. Ele informou que a CPI da Lagoa foi debatida exaustivamente durante quatro meses, tem um fato determinado claro pela CGU e foi a primeira a ser dada entrada na presidência e deveria ser a prioritária. “Estamos atentos a essa manobra da situação, esperando que seja uma mudança de atitude e não uma manobra", afirmou o vereador.
Lixo na cidade
Sobre as reclamações dos pessoenses no que diz respeito a coleta de lixo no município de João Pessoa, Renato Martins, que já foi diretor da Emlur, disse que o que está acontecendo é falta de planejamento da gestão atual.
“O problema é que o programa do prefeito Luciano Cartaxo é feito em cima de um marketing político vazio e sem planejamento. Na capital não há limpeza das galerias, e por este motivo, com qualquer chuva a cidade fica entupida por falta de um trabalho preventivo de planejamento, e a população não está tendo mais credibilidade no trabalho da Emlur”.