O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) vai criar um grupo de trabalho para analisar os indicadores do estado em relação ao alto índice de analfabetismo nos municípios paraibanos. A iniciativa foi anunciada na sessão do Pleno, ontem, pelo presidente do TCE, conselheiro Nominando Diniz Filho, ao demonstrar sua preocupação em relação aos dados divulgados pelo IBGE, que colocam a Paraíba com a terceira maior taxa de analfabetismo do Brasil, estando os municípios de São Domingos e Vieirópolis, entre os 10 com percentuais mais elevados.
Direção
Grupo será coordenado pelo conselheiro Fernando Rodrigues Catão, que já vem atuando no segmento da educação como relator de auditorias coordenadas
O presidente informou que o grupo será coordenado pelo conselheiro Fernando Rodrigues Catão, que já vem atuando no segmento da educação como relator de auditorias coordenadas. Ele antecipou que já foram selecionados, para análise inicial, 50 municípios - com base nos dados percentuais, conforme os números divulgados pelo IBGE, referentes ao Censo Demográfico de 2022. “O trabalho consistirá em identificar os gargalos que ensejam a situação e buscar junto aos gestores os mecanismos para equacionar os problemas”, enfatizou o conselheiro.
Nominando Diniz explicou que essa iniciativa vem, também, da preocupação manifestada pelos representantes do Farol do Desenvolvimento da Paraíba - que é uma entidade formada por expressivas lideranças do sistema produtivo privado, da academia e da sociedade civil organizada, com o objetivo de contribuir com os governos e instituições, propondo uma agenda positiva para o desenvolvimento do Estado.
De acordo com os dados - que envolvem pessoas acima dos 15 anos, o Nordeste continua sendo a região com o índice de analfabetismo mais alto do país, chegando a 14,2%, o dobro da média nacional. Na relação dos 10 primeiros, apenas o município de Alto Alegre, com 36,81%, maior percentual de analfabetos, é da região Norte.
Os demais municípios são da região Nordeste, quais sejam, Floresta do Piauí (PI) 34,68%; Aroeiras do Itaim (PI) 34,63%; Massapê de Piauí (PI) 34,3%; Paquetá (PI) 34,28%; Estrela de Alagoas (AL) 34,2%; Padre Marcos (PI) 34,1%; São Domingos (PB) 33,77%; Alagoinha do Piauí (PI) 33,61%; Vieirópolis (PB) 32,9%.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 23 de maio de 2024.