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Trump e Kim vão se reunir em Cingapura no dia 12 de junho

publicado: 11/05/2018 00h05, última modificação: 11/05/2018 09h29
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A desnuclearização da Coreia do Norte deve ser o tema principal do encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un - Foto: Reprodução/Internet

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Gislene Nogueira e Leandra Felipe

Da Agência Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no dia 12 de junho, em Cingapura. O anúncio foi feito pelo norte-americano em uma mensagem no Twitter.

“O tão aguardado encontro entre Kim Jong-Un e eu será em Cingapura, no dia 12 de junho. Vamos os dois tentar fazer deste um momento algo muito especial para a Paz Mundial!”, disse Trump.
A imprensa norte-americana afirma que será o primeiro encontro da história entre um presidente norte-americano em exercício e um líder norte-coreano.

Na quarta-feira (9), o presidente antecipou que a reunião foi acertada em uma conversa entre Kim Jong-un e o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em Pyongyang. Pompeo regressou aos Estados Unidos na madrugada de hoje, com três cidadãos norte-americanos que eram mantidos prisioneiros da Coreia do Norte, e foram liberados na quarta-feira (9).

Os Estados Unidos e a Coreia do Norte começaram os diálogos em busca de um acordo e um encontro entre os líderes, após um ano marcado por agressões e tensões elevadas.

Em abril, Kim Jong-un teve um encontro histórico com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Eles firmaram um acordo de paz e um compromisso mútuo de colocar fim às inimizades entre os países, que prevalecia desde o cessar-fogo da guerra entre os dois países, em 1953. A reaproximação entre os dois países e a aproximação com os Estados Unidos ocorrem depois de várias sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além da pressão da China sobre a Coreia do Norte. O país é um importante aliado dos norte-coreanos e tem grande influência na economia local.

Presos americanos são liberados pela Coréia

Três cidadãos norte-americanos que foram liberados pela Coreia do Norte, chegaram na madrugada de ontem aos Estados Unidos. Eles estavam acompanhados pelo secretário de estado, Mike Pompeo. Os ex-prisioneiros do governo norte-coreano foram recepcionados na chegada, pelo presidente Donald Trump, a primeira dama, Melania Trump, e o vice-presidente, no aeroporto, na porta do avião.

A aeronave aterrissou na base de Andrews, um aeroporto militar, em Maryland, Virginia. Kim Hak-song, Kim Sang-duk e Kim Dong-chul foram libertados na quarta-feira (9). A soltura aconteceu, após uma reunião entre Pompeo e o líder norte-coreano Kim Jong-Un.

De acordo com informações da agência de notícias estatal, norte-coreana KCNA, Kim acatou um pedido de liberação dos Estados Unidos. Em março, Trump já havia falado que a liberação de prisioneiros norte-americanos em poder de Pyongyang seriam um elemento importante para um eventual acordo durantre encontro bilateral entre os dois países.

Os ex-prisioneiros divulgaram um comunicado em que agradeceram ao governo norte-americano.

“Gostaríamos de expressar nosso profundo apreço ao governo dos Estados Unidos, ao presidente Trump, ao secretário Pompeo, e ao povo dos Estados Unidos por nos trazerem para casa. Agradecemos a Deus, e a todos os nossos familiares e amigos que rezaram por nós”.

Os três cidadãos norte-americanos eram acusados por Pyongyang de “ações antiestatais”. Um deles havia sido preso em 2015, outros dois, em 2017 e um em 2015. Ambos foram mantidos em “campos de trabalho” até abril.

Em 2016, o estudante norte-americano, Otto Warmbier, de 22 anos, foi liberado pela Coreia do Norte, em estado de coma, o que causou bastante comoção interna nos Estados Unidos. Segundo a imprensa norte-americana, a família do rapaz decidiu processar a Coreia do Norte, sob acusações de tortura e assassinato.