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Corte tem se empenhado em criar mecanismos para informar a população dos perigos das falsas notícias

TSE fecha cerco contra as fake news

publicado: 07/02/2022 08h43, última modificação: 07/02/2022 08h43
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Foto: Freepik

por Iluska Cavalcante*

“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”, a frase célebre dita pelo ministro da propaganda na alemanha Nazista, Joseph Goebbels, durante a Segunda Guerra Mundial, ainda se faz atual. Se naquela época os meios de comunicação eram utilizados para tentar ganhar uma guerra com mentiras, por exemplo, atualmente as chamadas “fake news” são muitas vezes a arma de políticos durante as eleições.

Mas como uma notícia falsa pode influenciar no resultado do Pleito? A gravidade do problema é reconhecida por órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral, que tem se empenhado em mecanismos para informar a população dos perigos das falsas notícias, principalmente no que diz respeito às eleições.

A iniciativa teve início com a página Fato ou Boato, criada em outubro de 2020, por uma rede de checagem formada pelo TSE em parceria com os 27 Tribunais Regionais Eleitorais e agências especializadas na checagem e análise de afirmações mentirosas sobre o tema.

Mas o TSE vem, desde 2018, desmentindo notícias falsas que surgiram durante a campanha daquele ano. Segundo o TSE, as falsas notícias confundem os eleitores e evitam que eles compareçam às urnas, devido à insegurança no processo eleitoral.

São aparentemente absurdas, mas que precisam ser desmentidas. No portal do TSE é possível encontrar materiais que informam o que é “Boato ou Fato’’. Entre as fake news que precisam ser esclarecidas está a informação de que a Justiça Eleitoral transforma votos justificados em votos válidos ou que o TSE pretende barrar cristãos da política.

Apesar de serem notícias improváveis, o alto número de compartilhamentos e a facilidade com que a internet as propaga em um curto espaço de tempo, faz com que essas mentiras sejam consideradas verdade para muitos. Entre os assuntos que mais precisam ser esclarecidos pela Justiça Eleitoral, está a segurança das urnas eletrônicas.

Principalmente com a proximidade das eleições essa tem sido uma das informações que mais tem sido distorcida na internet. Em sua maioria, as falsas notícias apontam possibilidades de fraude para a urna e colocam como alternativa o uso do voto impresso no Brasil. No entanto, a Justiça Eleitoral tem se empenhado em não apenas desmentir as informações falsas, como ressaltar a segurança das urnas eletrônicas.

No entanto, apesar das fake news envolvendo a falta de segurança das urnas eletrônicas, não é preciso ir muito longe para averiguar a realidade. O sistema eletrônico de votação utilizado pela Justiça Eleitoral brasileira chegou a ser um dos principais aspectos destacados pelo Relatório Final da Missão de Observação Eleitoral que acompanhou as Eleições 2020. O documento foi entregue ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, na última quarta-feira (2), nos Estados Unidos.

“O sistema tecnológico de votação oferece resultados rápidos e seguros, levando-se em conta as dimensões continentais do país”, afirma o documento. O relatório destaca que “uma vez mais, o TSE demonstrou sua capacidade de logística e infraestrutura tecnológica por meio da preparação e instalação de 473.503 urnas eletrônicas em 94.325 locais de votação. Isso permitiu que mais de 147 milhões de eleitores pudessem exercer o direito do voto no domingo das eleições”.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 06 de fevereiro de 2022