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Vizcarra toma posse no Peru e promete combater corrupção

publicado: 23/03/2018 22h05, última modificação: 23/03/2018 22h59
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O novo presidente do Peru, Martín Vizcarra, afirmou que anunciará nos próximos dias o seu gabinete ministerial - Foto: Martin Mejia/AP

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Do Portal UOL

O primeiro-vice-presidente do Peru, Martín Vizcarra, tomou posse nesta sexta-feira (23) como presidente do país, afirmando que a prioridade de seu governo será a luta contra a corrupção. Ele assume o cargo após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski (PPK) ser aceita pelo Congresso. O novo presidente afirmou que anunciará nos próximos dias o novo gabinete ministerial e que pretende tirar o Peru da atual crise, retomando a estabilidade institucional e recuperando a governabilidade do país.

Vizcarra, que também é o embaixador do Peru no Canadá, vai completar o atual mandato presidencial, que termina em julho de 2021. Ele tornou-se presidente após meses de crise política devido aos vínculos de empresas ligadas a Kuczynski com a construtora Odebrecht. Vizcarra foi chamado por Kuczynski para integrar sua chapa como vice-presidente nas eleições de 2016 devido a seus dotes para desativar conflitos sociais, em um país onde é frequente a reclamação das comunidades por mais benefícios pela exploração dos recursos naturais.

PPK apresentou a renúncia na quarta-feira (21), um dia antes de se submeter a um processo de impeachment no Congresso. Sua saída foi motivada pela divulgação de vídeos insinuando que seu governo estava tentando comprar votos de congressistas para se manter no poder.

Corrupção

O documento de renúncia aprovado pelo Congresso, controlado pela oposição, “rejeita os fatos e qualificações que Pedro Pablo Kuczynski Godard expressa em sua carta de renúncia, já que não admite que a atual crise política que o levou a renunciar seja consequência de atos impróprios em que o próprio presidente incorreu e que estão expostos de forma sustentável”.

Em sua carta de renúncia, apresentada na quarta-feira (21), Kuczynski afirmou que tomava essa decisão devido ao “clima de ingovernabilidade” que, segundo ele, afeta o país e “não o permite avançar”. Além disso, o presidente denunciou a “grave distorção do processo político” causada pela divulgação dos vídeos e áudios que, segundo ele, o faziam “parecer injustamente como culpado de atos” nos quais ele não tinha participado.