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Clássicos do cinema para ouvir e ler

publicado: 17/07/2025 08h29, última modificação: 17/07/2025 08h29
Crepusculo dos Deuses - 01.jpg

“Crepúsculo dos Deuses”, de Billy Wilder, é o filme que abre o livro “Uma Jornada pelo Cinema – Anos 1950”, lançamento do pessoal do Podcast Filmes Clássicos | Foto: Divulgação/Paramount

por Renato Félix*

Nesse tempo em que tantas pessoas acham que o mundo só começou quando elas nasceram, quanto mais se falar do cinema clássico, melhor. E, nesse aspecto, um dia esbarrei no Podcast Filmes Clássicos (PFC) quando procurava ouvir no YouTube alguma coisa sobre o tema enquanto eu lavava a louça.

Ouvi o episódio sobre ...E o Vento Levou (1939) e o que escutei me agradou muito. Era uma conversa informal, mas sem exageros, e carregada de informações. Rapidamente passei a maratonar os demais episódios (atualmente são quase 250), que podiam falar sobre um filme específico, traçar a carreira de um diretor ou dar dicas de clássicos menos conhecidos.

O podcast foi lançado em 2014, a partir da iniciativa de amigos que conversavam sobre os clássicos numa comunidade do falecido Orkut. Fred Almeida, Alexandre Cataldo, Sergio Gonçalves e Marcelo Rennó são os autointitulados “pais fundadores”. Almeida e Cataldo atualmente comandam os episódios, sempre com um revezamento de convidados.

Eu mesmo de ouvinte passei a convidado, já tendo participado de três episódios (o 184, sobre O Garoto, de Chaplin; o 198, da série “Dicas triplas”, levando O Homem do Sputnik, da Atlântida; e o 218, no qual conversamos sobre a obra do francês Jacques Tati).

Mas essa coluna é para dizer o seguinte: meus amigos do PFC expandiram sua atividade para o mundo dos livros. Os episódios, se transcritos quase do jeito que estão, já dariam, cada um, um livro. Mas a publicação que está sendo lançada agora, Uma Jornada pelo Cinema – Anos 1950, são textos novos escritos por membros da “equipe titular” do podcast, de entusiastas a jornalistas e professores. 

Foto: Divulgação

Fred Almeida, Alexandre Cataldo, Rafael Amaral, Hugo Harris, Tony Vendramini, Fabio Rockenbach e Willian de Andrade se dividem escrevendo sobre 26 filmes.

A lista começa com: Crepúsculo dos Deuses (de Billy Wilder, 1950); Os Esquecidos (de Luís Buñuel, 1950); Cantando na Chuva (de Gene Kelly e Stanley Donon, 1952); Contos da Lua Vaga (de Kenji Mizoguchi, 1953); Era uma Vez em Tóquio (de Yasujiro Ozu, 1953). Os Sete Samurais (de Akira Kurosawa, 1954); As Diabólicas (de Henri-Georges Clouzot, 1955).

Continua com: Tudo o que o Céu Permite (de Douglas Sirk, 1955); A Canção da Estrada (de Satyajit Ray, 1955); Rififi (de Jules Dassin, 1955); Rastros de Ódio (de John Ford, 1956); 12 Homens e uma Sentença (de Sidney Lumet, 1957); O Sétimo Selo (de Ingmar Bergman, 1957); Quando Voam as Cegonhas (de Mikhail Kalatozov, 1957); Glória Feita de Sangue (de Stanley Kubrick, 1957); Um Corpo que Cai (de Alfred Hitchcock, 1958); Cinzas e Diamantes (de Andrzej Wajda, 1958); Ben-Hur (de William Wyler, 1958).

E segue com: Mortalmente Perigosa (de Joseph H. Lewis, 1950); A Ronda (de Max Ophüls, 1950); O Rio Sagrado (de Jean Renoir, 1951); Moby Dick (de John Huston, 1956); Sede de Viver (de Vincente Minnelli, 1956); Os Eternos Desconhecidos (de Mario Monicelli, 1958); Aquele Caso Maldito (de Pietro Germi, 1959) e Rio, 40 Graus (de Nelson Pereira dos Santos, 1956).

O livro está em eventos de lançamento e já à venda pela internet. Já o podcast continua com seus episódios quinzenais disponíveis nos tocadores de podcasts por aí e no YouTube. Por experiência própria, eu digo: é sempre uma conversa que você ouve tendo vontade de participar.

Através deste link, acesse o site de venda do livro

*Coluna publicada originalmente na edição impressa do dia 16 de julho de 2024.