O ano já começou com movimento intenso nas papelarias de João Pessoa. Com a volta às aulas, prevista para o dia 20 de janeiro em muitas escolas, ao pais já estão correndo para adquirir o material escolar das crianças. Na Casa do Colegial, por exemplo, a administradora Thalita Mello afirmou que o movimento começou a se intensificar já na tarde do primeiro dia útil do ano, o dia 2.
Thalita explicou que a procura dos pais pelo material começou já em dezembro, mas aumentou muito que assim que 2025 começou. “Parece que vira uma chave. Estou com 60 pessoas na fila para atender pelo Whatsapp desde ontem, sendo que antes a gente estava conseguindo responder todos no mesmo dia”, comentou.
Para ela, o alto fluxo nos primeiros dias do ano pode estar relacionado à falta de tempo dos pais, já que nem todos têm férias nesse período. “Para quem trabalha e não está de férias, essa primeira semana do ano, às vezes, é um mini recesso, é o tempo que a pessoa tem para resolver as coisas”, ponderou.
Ela contou ainda que, no caso dos materiais de uso coletivo, os pais costumam encomendar pelo Whatsapp, para entrega ou retirada do kit pronto. “Esse movimento aqui é para escolher os materiais individuais, que aí já é mais personalizado”.
Entre a separação de encomendas, o atendimento on-line e o atendimento presencial na loja, o movimento intenso no início do ano garante, inclusive, a contratação de mais funcionários. “Normalmente temos sete, agora estamos com mais de 20”, revelou Thalita.
A arquiteta Amanda Pessoa Leite estava no local comprando os materiais do filho. Ela comentou que, no passado, tinha muito trabalho ao pesquisar os preços para comprar o material escolar dos filhos mais velhos, passando por diversas papelarias para verificar os preços de cada item.
“Hoje em dia, as papelarias já fazem o orçamento da lista completa, por exemplo, estou procurando Marista 5o ano. Outra mãe da escola disse que já tinha pegado orçamento em vários lugares e aqui estava mais barato, então eu vim. Isso poupa muito o nosso tempo”, avaliou Amanda.
Ela contou ainda que, para economizar, busca reciclar e reutilizar diversos materiais. “Quando sai a lista eu vejo logo o que já tenho em casa e pode ser reciclado ou reutilizado. Caderno quadriculado, por exemplo, eu já não vou comprar. Eu arranco as folhas que já foram usadas, junto outras, coloco outro espiral se for preciso. Antes de vir, eu já risquei aqui na lista as coisas que eu não vou comprar e, assim, com o orçamento que eu recebi, já tenho uma noção de quanto vou gastar aqui”.
Tendo essa noção dos valores, ela explicou que já guarda o dinheiro extra que tiver recebido em dezembro. “Outra coisa é mochila, que eu compro para usar por dois, três anos. Se for comprar tudo novo todo ano o dinheiro não dá”, afirmou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 04 de janeiro de 2025.