Com a aproximação da Semana Santa, a procura por pescados já começa a aumentar em João Pessoa. De acordo com o comerciante que identificou como Zezinho, da JL Peixaria, localizada no Seixas, a procura já é cerca de 30% maior do que no ano passado.
Ele destacou, no entanto, que muita gente deixa para comprar na última hora e o movimento maior deve ser nos próximos dias. Segundo Zezinho, os peixes mais procurados nesta época do ano são cioba, meca, pescada amarela, atum branco, serra, cavala e dourado.
O comerciante Josildo Cavalcante, conhecido como Zildo, da Peixaria do Zildo, também no Seixas, aposta no crescimento da procura a desde ontem. Ele disse que esse período é sempre bom para as vendas. “Todo ano é bom. Meus clientes são muito fiéis”, comentou.
Herbert Uchôa, mais conhecido como Netinho, da Peixaria Uchôa, localizada no Mercado do Peixe de Tambaú, disse que a maior parte das compras está ocorrendo por entrega em domicílio. “Balcão ainda está mais ou menos no movimento”, avaliou. Ele disse, entretanto, que espera um grande aumento na procura a partir de agora, tanto que já abriu no último domingo (13).
O comerciante pediu, ainda, que os clientes que quiserem receber seus pescados em casa deve adiantar seus pedidos, já que, se o movimento presencial aumentar, tanto quando ele espera, as entregas ficarão prejudicadas. “Na Semana Santa mesmo não tem condições de muitas entregas, porque a pessoa liga, a gente está com a mão melada de peixe, a gente está atendendo outro cliente no balcão”, explicou.
Em entrevista concedida à rádio Tabajara, e concedida no Jornal Estadual, o presidente da Associação dos Pescadores e Comerciantes de Pescados e Derivados da Paraíba, Augustinho Alexandre, disse que não houve aumento de preço nos produtos. “Nossas expectativas são sempre as melhores. Estamos nos preparando para, na Semana Santa, prestigiar ao menos os nossos clientes que estão conosco o ano inteiro”, disse ele.
Nos supermercados, a expectativa também é boa, embora a procura por peixes ainda não tenha crescido muito, de acordo com o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo. “As pessoas, geralmente, comem mais peixe na quinta e na sexta mesmo. Então a procura maior só começa na quarta-feira. Mas a expectativa é a melhor possível”, afirmou ele, e também acrescentou que espera vendas melhores do que no ano passado, em relação aos itens de Páscoa.
Festival tem início, amanhã, em João Pessoa
Tilápia, corvina, meca, atum, camarão, marisco e diversas opções de frutos do mar podem ser encontrados na Semana do Pescado da Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf). A feira é um diferencial no mercado, pois os preços são acessíveis, devido aos produtos virem direto do produtor, sem passar por terceiros.
O Festival do Peixe começa amanhã, das 5h às 14h e vai até o dia 18 de abril, na Avenida Hilton Souto Maior, no 1112, José Américo. O projeto faz parte do calendário anual da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), responsável pela administração do local.
Segundo o diretor da Cecaf, Roberto Filho, a tilápia é o peixe mais procurado e um dos mais consumidos neste período. No ano passado, o quilo da tilápia estava custando R$ 15 e neste ano encontra-se a partir de R$ 18. Nesta edição, o quilo da corvina sai por R$ 24,90; do bonito, R$ 19,90; do marisco, R$ 29,99 e do camarão a R$ 24,99. Roberto explica que esses preços podem baixar ainda mais na Semana do Pescado, quando chegam mais produtores.
O Festival do Pescado é um evento já consolidado no calendário de João Pessoa, com crescimento nas vendas a cada ano. Em 2023, foram comercializadas seis toneladas de peixe; em 2024, oito toneladas. Este ano, Roberto tem a expectativas de superar esses números e chegar a nove toneladas.
Além da venda de pescado, durante a comercialização haverá artesanato, gastronomia e um espaço solidário para quem puder doar alimentos e roupas, que serão destinados a instituições de caridade.
Para Roberto, a realização da Semana do Pescado, durante a Semana Santa, é importante porque movimenta a economia, valoriza os produtores e garante produtos frescos. “Com os preços acessíveis, as mercadorias saem direto do produtor para a mesa das famílias”.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 15 de abril de 2025.