Notícias

na paraíba

Desocupação é a menor desde 2014

publicado: 17/02/2025 10h13, última modificação: 17/02/2025 10h13
Taxa média foi de 8,3% no ano passado e o nível de ocupação ficou em 50,1%, maior índice registrado desde 2015
comercio_no_feriado-rua_duque_de_caxias-foto-edson_matos-3.jpg

A taxa paraibana de informalidade permaneceu estável nos últimos três anos: 50,5%, em 2022; 49,8%, em 2023; e 50,6%, em 2024 | Foto: Edson Matos/Arquivo A União

A taxa de desocupação estimada para a Paraíba, em 2024, atingiu 8,3%, a menor desde 2014, quando chegou a 8,1%, patamar mais baixo desse indicador desde o início da série histórica iniciada em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C) Trimestral, divulgada ontem, pelo IBGE. O indicador ficou acima da média nacional (6,6%) e abaixo da regional (9%). Em comparação às outras Unidades da Federação, a Paraíba apresentou a 8a maior taxa de desocupação do país, em 2024.

A pesquisa também mostra a continuidade do crescimento no nível de ocupação estadual desde 2021, estimando ter havido um aumento de 2,5 pontos percentuais (p.p.) entre 2023 (47,6%) e 2024 (50,1%), sendo este último resultado o maior desde 2015 (52,7%). Apesar disso, a taxa continuou a ser a 7a menor do país entre as Unidades da Federação, tendo ficado abaixo da nacional (58,6%) e se assemelhado à da média regional (50,2%). Esse índice é calculado com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, ou seja, têm 14 anos ou mais.

O levantamento aponta ainda que a taxa paraibana de informalidade permaneceu relativamente estável nos últimos três anos, pois havia sido de 50,5% em 2022, passando para 49,8%, em 2023, e 50,6%, em 2024. O indicador de 2024 foi o 7o maior do país e foi bem superior à taxa brasileira (39%), porém inferior à média regional (51,4%).

Foi igualmente constatada uma tendência de redução na taxa média anual composta de subutilização da força de trabalho no estado, iniciada em 2021 (42,2%). Essa taxa passou de 31,2%, em 2022, para 27,4%, em 2023, chegando a 24,3% em 2024, o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Mesmo assim, foi a 7a maior do país e ficou acima da média nacional (16,2%), embora menor que a média regional (26,3%).

Essa taxa é a proporção de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada. Corresponde ao grau de subutilização da força de trabalho em um determinado período.

Já em relação à remuneração na Paraíba, a Pnad C aponta que o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos efetivamente recebido pelos ocupados passou de R$ 2.488, em 2023, para R$ 2.287, em 2024, o que representa uma redução de 8,1%. Esse rendimento foi o 6o menor do país e ficou abaixo da média do país (R$ 3.225), embora acima da média regional (R$ 2.246).

Estado segue tendência no 4º trimestre

No 4o trimestre de 2024, a taxa de desocupação estimada para a Paraíba foi de 8,4%, não apresentando variação estatisticamente significativa frente ao 3o trimestre (7,8%). Em comparação com o resultado do último trimestre de 2023, em que a taxa havia sido de 9,6%, constatou-se uma diferença de -1,2 pontos percentuais (p.p.), que também representa uma situação de estabilidade estatística. Entretando, quando comparamos com o 4o trimestre de 2021 (13%), contata-se uma redução de 4,6 p.p.

Nos últimos três meses de 2024, houve um crescimento de 8% (11 mil pessoas) na população desocupada no estado, que passou de 141 mil, no trimestre anterior, para 152 mil pessoas. Já em relação ao 4o trimestre de 2023, quando havia 166 mil pessoas desocupadas na Paraíba, verificou-se uma variação -8,5%, o que corresponde a menos 14 mil pessoas em situação de desocupação no estado. Não houve variação estatisticamente significativa nessas duas comparações.

A pesquisa estimou, também, que a população paraibana ocupada somou, no 4o trimestre de 2024, cerca de 1,651 milhão de pessoas, enquanto no trimestre anterior a estimativa alcançava cerca de 1,669 milhão, uma variação de -1,1% (-18 mil pessoas ocupadas), indicando estabilidade estatística.

Entretanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1,565 milhão), verificou-se crescimento relativo de 5,5%, ou absoluto de 86 mil pessoas ocupadas, derivado em grande parte do crescimento em 11,1% (74 mil) dos empregados no setor privado (exclusive trabalhador domésticos), sendo mais intenso entre os com carteira de trabalho assinada, cujo crescimento ficou em 15,1% (55 mil pessoas). O subgrupo dos empregados sem carteira assinada teve variação de 6,4% (19 mil), tendo contribuído para esse resultado global, apesar de não ter apresentado variação estatisticamente significativa, quando analisado isoladamente.

Os agrupamentos que mais contribuíram para esse crescimento dos ocupados, entre os últimos trimestres de 2023 e 2024, foram: Construção civil, com variação de 21,8% (29 mil pessoas); Indústria em geral, de 15,3% (22 mil); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, de 6,7% (22 mil); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, de 11,1% (18 mil); e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, de 5,4% (17 mil). Por outro lado, houve redução de 22,1% (-16%) no número de pessoas ocupadas no grupamento de Transporte, armazenagem e correio.

No 4o trimestre de 2024, a taxa de desocupação estimada para a Paraíba foi de 8,4%, não apresentando variação estatisticamente significativa frente ao 3o trimestre (7,8%). Em comparação com o resultado do último trimestre de 2023, em que a taxa havia sido de 9,6%, constatou-se uma diferença de -1,2 pontos percentuais (p.p.), que também representa uma situação de estabilidade estatística. Entretando, quando comparamos com o 4o trimestre de 2021 (13%), contata-se uma redução de 4,6 p.p.

Nos últimos três meses de 2024, houve um crescimento de 8% (11 mil pessoas) na população desocupada no estado, que passou de 141 mil, no trimestre anterior, para 152 mil pessoas. Já em relação ao 4o trimestre de 2023, quando havia 166 mil pessoas desocupadas na Paraíba, verificou-se uma variação -8,5%, o que corresponde a menos 14 mil pessoas em situação de desocupação no estado. Não houve variação estatisticamente significativa nessas duas comparações.

A pesquisa estimou, também, que a população paraibana ocupada somou, no 4o trimestre de 2024, cerca de 1,651 milhão de pessoas, enquanto no trimestre anterior a estimativa alcançava cerca de 1,669 milhão, uma variação de -1,1% (-18 mil pessoas ocupadas), indicando estabilidade estatística.

Entretanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (1,565 milhão), verificou-se crescimento relativo de 5,5%, ou absoluto de 86 mil pessoas ocupadas, derivado em grande parte do crescimento em 11,1% (74 mil) dos empregados no setor privado (exclusive trabalhador domésticos), sendo mais intenso entre os com carteira de trabalho assinada, cujo crescimento ficou em 15,1% (55 mil pessoas). O subgrupo dos empregados sem carteira assinada teve variação de 6,4% (19 mil), tendo contribuído para esse resultado global, apesar de não ter apresentado variação estatisticamente significativa, quando analisado isoladamente.

Os agrupamentos que mais contribuíram para esse crescimento dos ocupados, entre os últimos trimestres de 2023 e 2024, foram: Construção civil, com variação de 21,8% (29 mil pessoas); Indústria em geral, de 15,3% (22 mil); Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, de 6,7% (22 mil); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, de 11,1% (18 mil); e Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, de 5,4% (17 mil). Por outro lado, houve redução de 22,1% (-16%) no número de pessoas ocupadas no grupamento de Transporte, armazenagem e correio.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 15 de fevereiro de 2025.