Quem aprecia produtos da agricultura familiar, presentes personalizados e gosta de comprar peças únicas no brechó a preços acessíveis poderá visitar um dos sete pontos da Feira Móvel do Produtor até o dia 29 de abril. No primeiro trimestre de 2025, o evento, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa (Sedurb), arrecadou aproximadamente R$ 100 mil, contemplando 90 empreendedores.
Hoje, a programação itinerante acontece no Ponto de Cem Réis (Centro) e segue até o dia 11 de abril, das 9h às 16h. Amanhã, 17 e 24 de abril, a exposição acontece no Parque Parahyba 2 (Bessa), das 15h às 20h. O Centro de Atendimento ao Turista (CAT), em Tambaú, também abrigará o evento entre os dias 10 e 14 de abril, das 17h às 22h.
Toda terça-feira, o evento exibe seus produtos no Centro de Educação, no Castelo Branco, onde pode-se encontrar plantas ornamentais, brechó, artigos de papelaria, peças de artesanato na técnica pirogravura e de cerâmica, como também brincos e acessórios.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Marmuthe Cavalcanti destaca que a Feira Móvel do Produtor tem como principal objetivo a geração de emprego e renda. “Esses produtores encontraram uma grande oportunidade de negócio, revelando novos talentos. Além disso, esse evento se tornou parte do calendário da cidade, pois ganhou a simpatia da população e vem ajudando a aquecer a nossa economia, gerando renda para quem pretende empreender”, disse.
Cláudia Gomes foi uma entre tantos paraibanos que encontrou no cuidado com as plantas uma terapia durante o isolamento social provocado pela pandemia. Ela ficou afastada do serviço público devido às crises de ansiedade. Neste período, decidiu mudar de profissão e, hoje, faz desse acalento sua fonte de renda.
“Em um mês de grande fluxo, eu faturo cerca de dois salários mínimos”. Entre os produtos mais procurados estão cactos, suculentas, lírios da paz, jiboia, entre outros. Atualmente, ela vende um variedade de cactos, que oscilam de R$ 5 a R$ 65. “Os cactos são muito procurados por serem de fácil manutenção e resistentes”, disse Gomes. Cláudia participa da feira no Busto de Tamandaré, na Gameleira e na UFPB.
Há oito anos, a artesã Janaína Silva expõe brincos e acessórios na feira. Ela começou a confeccionar seus produtos no período em que seu pai estava em tratamento de câncer. “Costumava produzir peças para aliviar a mente, já que quem cuida de um familiar com câncer absorve o sofrimento”. Seu pai não resistiu, mas ela transformou a atividade em negócio e, atualmente, ela fatura em média R$ 1.500 por mês, podendo chegar a R$ 3 mil durante os períodos de maior fluxo turístico.
A servidora da UFPB, Virgínia Ferreira, é uma das consumidoras que toda semana prestigia a exposição. Ela considera importante que a instituição conceda o espaço, permitindo que empreendedores comercializem seus produtos. “Isso contribui para fomentar a renda do pequeno empreendedor, como também adquirir peças personalizadas a um preço justo”, disse.
Outro segmento de acessórios que vende bastante no Centro de Educação da UFPB são os itens exotéricos. A comerciante da Astral Alternativa, Monique França, acredita que os estudantes sentem-se atraídos por seus produtos por gostarem de uma moda alternativa. A maioria das pedras é oriunda do interior da Paraíba como também de Minas Gerais. Em relação às vendas, Monique costuma vender em média R$ 2 mil por mês.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de abril de 2025.