O valor médio do Bolsa Família na Paraíba passou de R$ 664, em maio, para R$ 695,48 em junho. Ao todo, 694 mil famílias, de todos os 223 municípios do estado, serão contempladas neste mês, resultado em mais de R$ 482,94 milhões em recursos. Em maio, o valor foi de R$ 452 milhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Os pagamentos do programa tiveram início ontem, para beneficiários com final um no Número de Identificação Social (NIS), e seguem até o dia 30.
Quatro municípios na Paraíba contam com mais de 10 mil famílias beneficiadas neste mês
A novidade do programa é o início dos pagamentos do Benefício Variável Familiar, que assegura um adicional de R$ 50 a dependentes de sete a 18 anos e a gestantes integrantes da composição familiar. Na Paraíba, são 28.285 gestantes (R$ 1,39 milhão em pagamentos) e 431,9 mil crianças e adolescentes entre sete e 18 anos (R$ 21,18 milhões), um total de 460 mil pessoas.
O Bolsa Família garante o repasse mínimo de R$ 600 a cada um dos beneficiários. Desde março, quando foi retomado pelo Governo Federal, o programa conta também com o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos na composição familiar. Em junho, são 259 mil crianças na Paraíba e um repasse de R$ 38 milhões.
Quatro municípios na Paraíba contam com mais de 10 mil famílias beneficiadas neste mês: João Pessoa (92.292), Campina Grande (34.355), Bayeux (19.128) e Santa Rita (18.325). O município de Juazeirinho, com 2.942 famílias contempladas, tem o maior valor médio do benefício no estado: R$ 750,37.
Patamares inéditos
O Bolsa Família atinge em junho dois patamares inéditos: pela primeira vez o valor médio do benefício supera a casa dos R$ 700 e chega a R$ 705,40. Os repasses do Governo Federal são os maiores já realizados: quase R$ 15 bilhões. O total de famílias manteve-se no patamar de maio: 21,2 milhões. O número de pessoas contempladas chega a 54,6 milhões.
O Benefício Variável Familiar, que assegura o adicional de R$ 50 a dependentes de sete a 18 anos e a gestantes, chega a 15,7 milhões de contemplados em junho, a partir de um investimento de R$ 766 milhões. Nesse universo estão 943 mil gestantes (investimento de R$ 46 milhões) e 14,8 milhões de crianças e adolescentes (R$ 720 milhões).
Ao Benefício Variável Familiar soma-se o Benefício Primeira Infância, que desde março já garante um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos na família. São 9,12 milhões de crianças nessa faixa etária em junho, que demandam um investimento de R$ 1,3 bilhão.
Regiões
O Nordeste concentra o maior número de beneficiários. Em junho, mais de 9,74 milhões de famílias da região recebem o auxílio no valor médio de R$ 696,76. O repasse para os nove estados supera R$ 6,79 bilhões. Os recursos chegam aos 1.794 municípios.
Em seguida aparece o Sudeste, com 6,32 milhões de famílias contempladas em seus 1.668 municípios dos quatro estados. Serão transferidos R$ 4,42 bilhões, que asseguram um valor médio de R$ 700,26.
O Norte reúne 2,58 milhões de famílias no programa. Elas recebem um benefício médio de R$ 740,37 (o maior do país), distribuído em todos os 450 municípios dos sete estados, com um aporte de R$ 1,9 bilhão. O Sul soma 1,42 milhão de famílias beneficiárias. Os recursos, de R$ 1,01 bilhão, chegam aos 1.191 municípios e asseguram um valor médio de R$ 711,28.
Já a região Centro-Oeste tem 1,13 milhão de famílias contempladas por R$ 814,92 milhões. O benefício médio para todos os 466 municípios dos quatro estados, além do Distrito Federal, é de R$ 721,16.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 20 de junho de 2023.