Os homens paraibanos ganhavam, em 2023, 8,9% a mais do que as mulheres. A diferença de rendimentos por sexo, no estado, é menor que as médias brasileira (26,4%) e nordestina (12,5%). Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgada ontem, pelo IBGE.
Na capital
O rendimento médio dos 10% mais ricos é de R$ 26.070, para os 40% mais pobres da capital esse rendimento é de R$ 972
De acordo com a SIS, os homens paraibanos tiveram, em 2023, rendimentos médios mensais de todos os trabalhos de R$ 2.473, enquanto para as mulheres o valor foi de R$ 2.270.
Quando analisadas as diferenças relativas à cor ou à raça, na Paraíba, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos era de R$ 3.565 para as pessoas brancas, de R$ 1.837 para os pardos, e de R$ 1.414 para os pretos. Nesse caso, as pessoas brancas ganhavam 94,1% a mais que os pardos e 152,1% a mais do que os negros.
Diferentemente da relação por sexo, a distância entre os rendimentos por cor ou raça, no estado, ficou maior que a média nacional, que foi de 69,3% e 72%, e do Nordeste, com 53,4% e 61,2%, para as comparações entre brancos e pardos e brancos e pretos, respectivamente.
Disparidade salarial
Outro importante indicador de desigualdade apontado pela pesquisa do IBGE refere-se à razão entre a renda média dos 10% mais ricos e a dos 40% mais pobres, chamada de “10/40”. Em 2023, o resultado dessa razão foi de 18,6 para a Paraíba.
Isso significa que o rendimento médio dos 10% mais ricos (R$ 12.056) era 18,6 vezes maior do que o rendimento médio dos 40% mais pobres (R$ 648). Essa proporção foi a mais elevada do país. A média do Nordeste foi de 13,2 e a nacional de 11,9.
A desigualdade constatada para a capital paraibana, João Pessoa, foi ainda maior com uma razão 10/40 igual a 26,8. Enquanto o rendimento médio dos 10% mais ricos em João Pessoa é de R$ 26.070, para os 40% mais pobres da capital esse rendimento é de R$ 972.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 06 de dezembro de 2024.