João Pessoa ficou em segundo lugar entre as capitais nordestinas com imóveis mais baratos, perdendo apenas para Salvador, onde o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 6.011. O preço médio do metro quadrado na capital paraibana é de R$ 6.267.
Ainda assim, o preço dos imóveis para venda na cidade cresceu 1,52% em abril, na comparação com o mês anterior, e 10,48% nos últimos 12 meses, de acordo com o índice Fipezap, divulgado nesta semana pela Fundação Instituto de Pesquisas e Estatísticas (Fipe).
Para o diretor de fiscalização regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Alessandro Velloso, o aumento nos preços reflete a alta demanda por imóveis na cidade, que torna matéria prima e mão de obra mais caras. Ele acredita que as construtoras devem tomar cuidado, no entanto, para não vislumbrar apenas clientes de outros estados e dificultar a venda para os clientes locais. “A gente mora num estado em que a renda não é tão alta”, comentou.
O bairro do Cabo Branco segue tendo o metro quadrado mais caro de João Pessoa (R$ 9.784), mas esse preço manteve estabilidade, tendo crescido apenas 0,1% nos últimos 12 meses. Já o bairro do Bessa foi o que apresentou maior valorização, pois o valor do metro quadrado subiu 18,8% nos últimos 12 meses, ficando em R$ 6.339. Aeroclube e Jardim Oceania também valorizaram: 16,8% e 15,5%, respectivamente.
Alessandro Velloso acredita que o crescimento nesses três bairros vizinhos se deva à melhora na infraestrutura deles. “Hoje nós temos os parques Parahyba, o parque ali do Aeroclube, tem bons restaurantes ali, hotéis, grandes redes de supermercado. É natural que haja uma demanda maior no bairro e que os preços aumentem”, afirmou.
O Castelo Branco foi o único entre os 10 bairros avaliados na pesquisa que apresentou desvalorização nos últimos 12 meses, com o preço do metro quadrado em R$ 5.334, uma queda de 26,9%.
Pesquisa
O índice é calculado com base em informações de anúncios de imóveis veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis). No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 10 de maio de 2024.