Três cidades do interior paraibano apresentaram o maior crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 no estado. De acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE, Cabaceiras teve um aumento de 71,4% no PIB nominal em relação ao ano anterior, saindo de R$ 67,9 milhões para R$ 116,4 milhões. Já em relação ao PIB per capita, calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes de um local, o melhor resultado foi alcançado pelo município de Alhandra, com R$ 171.144, mantendo posição de 2020.
Guarabira registrou aumento de 69,3% no PIB, o segundo maior da Paraíba. Já a cidade de São José dos Ramos completa a lista das três maiores altas, com 60,2%. Alhandra aparece com crescimento de 53,4%, Conde com 44,5% e Coremas com 26,9%. Quando analisado o PIB per capita, completam a lista dos cinco maiores as cidades de Conde (R$ 50,7 mil), Cabedelo (R$ 45,1 mil), Guarabira (R$ 30,1 mil) e São José do Sabugi (R$ 30,1 mil). Mataraca e João Pessoa, que apareciam em 2020 com o quarto e quinto maior valor do PIB per capita, respectivamente, passaram a ocupar a sétima e oitava colocação em 2021.
O maior PIB do estado está concentrado em João Pessoa (R$ 22,2 bilhões), seguido por Campina Grande (R$ 10,3 bilhões) e Alhandra (R$ 3,3 bilhões). Ainda figuram na lista dos cinco maiores PIBs as cidades de Cabedelo (R$ 3,1 bilhões), Santa Rita (R$ 2,6 bilhões) e Patos (R$ 1,9 bilhão). Segundo o IBGE, com uma representação de 28,7% no PIB da Paraíba (foi de 29,5% em 2020), a capital está entre as 14 do país com participação inferior aos 30% nos seus estados.
O IBGE destacou ainda que os 1.306 municípios de menores PIBs responderam, em 2021, por cerca de 1% do PIB nacional e por 3,1% da população brasileira. Entre esses, os situados no Piauí (152) e Paraíba (141), representavam mais de 60% do número.
Menor concentração
A Paraíba segue a tendência nacional, com maior participação das cidades do interior na geração de todos os bens e serviços produzidos no país. O levantamento mostra que, em 2002, apenas quatro cidades - São Paulo (12,7%), Rio de Janeiro (6,3%), Brasília (3,6%) e Belo Horizonte (1,6%) - representavam cerca de um quarto do PIB nacional. Já em 2021, 11 cidades formavam esse grupo, correspondente a aproximadamente 25% da economia.
O IBGE destaca que o estudo mostra que municípios das capitais e demais agregações municipais de maior participação no PIB brasileiro, por concentrarem as atividades de serviços presenciais, foram os mais afetados pelas medidas restritivas de isolamento na pandemia de Covid-19, ao longo de 2020, apresentando queda nominal, entre 2019 e 2020. Estes grupos de municípios, entre 2020 e 2021, tiveram aumento nominal; porém, em termos de participação não conseguiram retomar ao patamar de 2019.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 16 de dezembro de 2023.