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João Pessoa tem a 3ª cesta básica mais barata do país

publicado: 07/08/2024 09h05, última modificação: 07/08/2024 09h05
Quedas mais relevantes aconteceram no RJ, em Aracaju e em Belo Horizonte
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O preço do arroz caiu em 13 capitais após anúncio de importação do produto feito pelo governo - Foto: Roberto Guedes

tags: Cesta básica, João Pessoa, Feira, Economia

O preço da cesta básica caiu em 17 capitais no mês de julho. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgados ontem. João Pessoa (R$ 572,38) tem a terceira cesta básica mais barata do país, ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 524,28) e Recife (R$ 548,43).

Na comparação com junho, as quedas mais relevantes foram verificadas no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

São Paulo foi a capital onde o valor da cesta básica apresentou o maior custo, R$ 809,77 e queda de 2,75% em relação a junho, seguida por Florianópolis, onde a cesta básica custou R$ 782,73, com queda de 4,08% em relação a junho, Porto Alegre, R$ 769,96, com queda de 4,34% e Rio de Janeiro, R$ 757,64. Lembrando que a composição da cesta básica é diferente nas cidades das regiões Norte e Nordeste.

De acordo com dados do Dieese, na comparação dos valores da cesta entre julho de 2023 e julho de 2024, o custo dos alimentos básicos subiu em 11 cidades. O destaque ficou com Goiânia (GO), que subiu 5,82%, seguida por Campo Grande (MS), 5,54% e São Paulo (SP), 5,71%.

Entre as seis cidades que tiveram retração nos preços, figuram Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%). De janeiro a julho deste ano, 15 cidades tiveram alta nos preços médios: Belo Horizonte, com alta de 0,06%, e Fortaleza, com 7,48%. Por esse critério, de preços médios, as reduções ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Salário mínimo

Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo deveria ser R$ 6.802,88, ou 4,82 vezes o valor atual, de R$ 1.412. Em junho deste ano, o valor necessário ficou em R$ 6.995,44 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo.

A pesquisa apontou que em julho o tempo médio necessário para que o trabalhador pudesse comprar a cesta básica correspondeu a 105 horas e oito minutos, menor que em junho, quando essa relação de troca ficou em 109 horas e 53 minutos. A jornada média em julho de 2023 para comprar a cesta básica era de 111 horas e oito minutos.

O Dieese comparou o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, e constatou que o trabalhador comprometeu, em média, 51,66% do seu rendimento para comprar alimentos. Em junho, o trabalhador gastava 54% de seu salário líquido.

Diante da catástrofe climática ocorrida em maio, no Rio Grande do Sul, que afetou inúmeros produtores de arroz, o preço do produto caiu em 13 capitais, em julho, após o governo anunciar a importação do item. Com isso, a variação foi de -0,37%, em Recife, a 3,9%, em Belo Horizonte. O preço do feijão também caiu em 13 capitais, com quedas entre 0,66% e 3,04%. Já o pão francês teve aumento em 12 capitais, com altas de 2,03% em Florianópolis e de 2,44% em João Pessoa.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 07 de agosto de 2024.