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Número de ocupados aumenta 8,7% no estado

publicado: 14/11/2025 09h20, última modificação: 14/11/2025 09h20

A quantidade de trabalhadores ocupados cresceu 8,7% na Paraíba em 2023, no comparativo com o ano anterior, passando de 810,3 mil para 880,7 mil pessoas. O índice foi impulsionado pelo aumento de 8,9% no número de assalariados no estado no mesmo período, que subiu de 688,4 mil para 749,7 mil. Os dados são do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor total pago em salários e outras remunerações teve alta de 14,3% em termos reais — já descontada a inflação por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) —, saindo de R$ 24,5 bilhões para R$ 28 bilhões, de 2022 a 2023, enquanto o salário médio mensal teve acréscimo real de 5,9% (de R$ 2.734 para R$ 2.896).

Entre os setores, registraram os menores salários médios mensais os de alojamento e alimentação (R$ 1.519,61), agricultura, pecuária e pesca (R$ 1.706,51) e as de comércio e reparação de veículos (R$ 1.945,79), embora absorvam significativa parcela da mão de obra.

Os maiores salários concentram-se em atividades que, no geral, exigem maior qualificação do trabalhador, como atividades financeiras e de seguros (R$ 7.490,07), educação (R$ 4.995,69), eletricidade e gás (R$ 4.300,16) e administração pública, defesa e seguridade social (R$ 3.615,67).

Empresas

A estrutura empresarial da Paraíba também expandiu (7,1%) em 2023, frente a 2022, passando de 119,6 mil para 128 mil unidades locais. O crescimento está acima das médias do Nordeste (6,4%) e do Brasil (6,3%).

Além disso, em 2023, a Paraíba contava com 128.066 unidades locais (ULs) ativas, sendo que 83,7% (107.188) delas possuíam até quatro pessoas ocupadas. Esses pequenos empreendimentos, embora em maior quantidade, responderam por 15,8% do pessoal ocupado total e 3,2% da massa de salários e outras remunerações, com salário médio mensal de R$ 1.596, o mais baixo entre as faixas de porte.

À medida que cresce o porte das empresas, a participação relativa em emprego e remuneração aumenta de forma expressiva. As unidades locais que possuíam 500 ou mais pessoas ocupadas representaram apenas 0,2% do total das ULs, mas concentraram 38,1% do pessoal ocupado e 57,2% da massa salarial, com o maior salário médio mensal do estado (R$ 3.685). Essa tendência confirma a relação direta entre porte empresarial e rendimento médio, onde as instituições de maior porte tendem a oferecer remunerações mais elevadas.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de novembro de 2025.