O comércio varejista da Paraíba teve um crescimento de 5,7% no volume de vendas em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi a maior alta registrada no país, que ficou com a média de 1% de crescimento nas vendas. Na comparação com fevereiro de 2023, o aumento nas vendas do varejo paraibano foi de 19,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando o comércio varejista ampliado na Paraíba, o crescimento foi de 5,2% em relação a janeiro, e de 17,7% na comparação com fevereiro de 2023. O comércio varejista ampliado inclui veículos, motocicletas, partes e peças; material de construção; e atacados especializados em produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Já a receita nominal de vendas do setor varejista paraibano apresentou o 2o maior crescimento (3,3%) do país, abaixo apenas do que o verificado no Pará (4,6%) e acima da média do Brasil (1,2%). Na comparação com fevereiro de 2023, a receita nominal de vendas do setor ficou em 20,9%.
No acumulado do ano, houve alta tanto no volume de vendas (7,3%) como na receita nominal (8,3%) do varejo estadual. Em ambos os casos, os indicadores estaduais ficaram acima dos nacionais, que foram de 6,1% e 8,2%, respectivamente.
Por atividade
Em fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, houve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE em todo o país: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%); Móveis e eletrodomésticos (1,2%); Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%); e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
Segundo o pesquisador do IBGE Cristiano dos Santos, o crescimento do varejo em fevereiro foi puxado principalmente por duas atividades que não tiveram bom desempenho em 2023. “Tiveram alguns fenômenos que contribuíram para o crescimento, regionalmente, como um aumento grande de procura por repelentes, por conta da questão da dengue”.
A outra atividade que impulsionou o varejo em fevereiro foi o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico. “Aí o maior peso vem das lojas de departamentos”, explica Santos.
Por outro lado, houve taxas negativas nos grupos Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%). As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliado tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 3,9% e Material de Construção variou -0,2% em volume.
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 12 de abril de 2024