O custo médio da construção civil, por metro quadrado, na Paraíba, registrou variação de 0,9% em outubro, frente a setembro, segunda alta seguida, de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE ontem. O aumento representa a terceira maior variação do Brasil, somente atrás dos estados do Pará (2,98%) e Roraima (3,08%), mas ficando acima das médias regional (0,4%) e nacional (0,53%).
O custo do metro quadrado passou a ser de R$ 1.716,51, ante o valor de R$ 1.701,15, de setembro, continuando a ser o segundo maior do Nordeste, atrás apenas do Maranhão (R$ 1.727,66). Além disso, ficou acima da média da região (R$ 1.657,78), porém foi inferior à média brasileira (R$ 1.782,51).
O aumento do custo do metro quadrado na construção civil decorreu de um aumento de 2,75% no custo dos materiais, que passou de R$ 1.007,36 para R$ 1.035,08, entre os meses de setembro e outubro. O custo médio da mão de obra registrou um pequeno decréscimo em outubro, de 1,78%, com valor apurado de R$ 681,43, após quatro meses com o custo constante de R$ 693,79.
No acumulado de 12 meses, a Paraíba registrou uma variação de 4,08%, a 15a maior do país, ficando acima das variações médias brasileira (3,86%) e regional (4,05%). No acumulado do ano de 2024, o índice apresentou variação de 3,94%, o 13o mais elevado do país, ficando acima da média brasileira (3,51%) e da Região Nordeste (3,69%).
Custo do metro quadrado na Paraíba passou a ser de R$ 1.716,51
Inflação do país acelera para 0,56% em outubro
A inflação do país acelerou para 0,56% em outubro, subindo 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,44%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,49%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial (4,74%), e no grupo Alimentação e Bebidas (1,06%), impulsionado pelo aumento das carnes (5,81%).
No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado ontem pelo IBGE.
Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram influência de 0,23 p.p no índice geral, sendo que, entre os subitens, a energia elétrica residencial foi o que mais pressionou o resultado, com 0,20 p.p. de impacto.
Energia
A energia elétrica residencial foi o que mais gerou impacto no índice geral de outubro, quando esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2
“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$ 4,46”, destaca André Almeira, gerente do IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O grupo de Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (5,81% e 0,14 p.p. de impacto), com destaque para os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).
“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica André. Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.
A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 09 de novembro de 2024.