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nove mil empregos

Paraíba tem maior saldo do ano

publicado: 30/09/2024 09h16, última modificação: 30/09/2024 09h16
Levantamento feito pelo Ministério do Trabalho mostra que o índice de agosto foi mais que o dobro do do mês de julho
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Pesquisa mostra que o número de carteiras assinadas supera em quase três vezes o número de pessoas sem carteira no setor privado | Foto: Divulgação/Sebrae-PB

por Bárbara Wanderley*

Mais de nove mil empregos foram gerados na Paraíba no mês de agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Foram 25.212 admissões, contra 16.198 demissões, gerando um saldo positivo de 9.014 empregos no mês. O levantamento mostra que os saldos do estado vêm crescendo desde o mês de janeiro.

A maior parte desses empregos foi gerada na indústria, com 3.479 vagas, seguida por agropecuária (2.684), serviços (1.797), construção (530) e comércio (525).

Os homens ficaram com a maior parte dos empregos gerados no estado em agosto, com 7.506 postos de trabalho, enquanto as mulheres ficaram com apenas 1.508. A maior parte das vagas (3.440) ficou com profissionais com Ensino Médio completo, seguidos de perto pelos profissionais com Ensino Fundamental incompleto, que ficaram com 3.254 vagas.

Em relação à faixa etária, a maior parte dos profissionais contratados em agosto tinham entre 18 e 24 anos de idade (2.792), enquanto 2.007 tinham entre 40 e 49 anos, 1.944 entre 30 e 39 anos, 1.051 ente 25 e 29 anos e 1.200 entre 50 e 64 anos. Houve ainda 49 admissões de adolescentes até 17 anos e 29 demissões de pessoas com 65 anos ou mais.

 Estados e regiões

As Unidades Federativas que registraram maiores saldos positivos foram São Paulo, com geração de 60.770 postos (+0,42%), Rio de Janeiro, que gerou 18.600 postos (+0,48%), e Pernambuco, com 18.112 postos gerados no mês (+1,22%). A Região Sudeste foi a maior geradora de emprego em agosto, com 96.241 vagas. Em seguida, aparecem o Nordeste (72.372), o Sul (30.857), o Norte (14.886) e o Centro-Oeste (14.539).

 Em 2024

Nos meses de janeiro a agosto, o emprego também ficou positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e em todas as UFs. O setor de Serviços continua com a maior geração de empregos no ano, um saldo de 916.369, seguido da Indústria, que continua gerando empregos e criou 343.924 postos de trabalho no ano. A Construção Civil gerou 213.643, o Comércio 169.868 e a Agropecuária criou 82.732 empregos formais no ano.

A faixa etária entre 18 a 24 anos apresentou o maior saldo no acumulado do ano (126.914 postos). Em relação à escolaridade, os trabalhadores com Ensino Médio completo representaram o maior saldo nas contratações: 154.057.

João Pessoa tem indicador mais alto do NE

Dados do Caged mostram que João Pessoa é a capital do Nordeste com maior indicador de crescimento relativo na geração de emprego com um avanço de 5,37%. A cidade perde apenas para Macapá-AP (9,07%), Boa Vista-RR (5,71%) e Manaus-AM (5,71%).

A capital paraibana registrou um saldo positivo pelo oitavo mês consecutivo. Para o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município (Sedest), João Bosco, o crescimento na geração de emprego proporciona uma confiança renovada no setor de bens e serviços.

“Cada novo posto de trabalho é um reflexo do esforço conjunto entre a administração municipal, o setor produtivo e a população, que juntos estão construindo uma cidade mais forte, dinâmica e inovadora. Acreditamos que, com esse ritmo, João Pessoa se consolida como um dos principais polos de desenvolvimento no Nordeste, criando oportunidades para todos e projetando um futuro ainda mais promissor”, ressalta.

De acordo com o Caged, João Pessoa teve um saldo de 1.660 novas vagas formais no mês de agosto, maior saldo do ano. O setor de Serviços foi o que mais empregou, com um saldo positivo de 1.189. A Construção Civil aparece em segundo lugar, com 259 empregos gerados, seguido por Comércio (114), Agropecuária (87) e Indústria (11).

Em 2024, já foram criados 10.676 novos empregos. As áreas que mais se destacam na geração de oportunidades são os setores de serviços, construção e comércio.

 Brasil

Nacionalmente, registrou-se, em agosto de 2024, um saldo de 232.513 vagas com carteira assinada. O número representa 22% a mais de empregos formais em comparação a julho, quando o saldo foi de 190 mil. O saldo foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas avaliadas e nas 27 Unidades Federativas.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 28 de setembro.