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primeiro semestre

PB tem saldo de nove mil empregos

publicado: 06/08/2025 08h20, última modificação: 06/08/2025 08h20
Número é resultado da criação de 131.925 postos contra 109.599 desligamentos, de acordo com dados do Caged
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Setor de Serviços liderou o crescimento de empregos da Paraíba com saldo de 13.089 postos | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Paraíba fechou o primeiro semestre com saldo positivo de 9.002 empregos formais, resultado da criação de 131.925 postos contra 109.599 desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Apesar de o primeiro semestre ser, historicamente, sempre de desempenho menor no saldo na Paraíba, devido à entressafra do setor sucroalcooleiro, o saldo acumulado no primeiro semestre deste ano no Estado (+9.002) registrou expansão de 35,73% em postos de trabalho sobre o mesmo período do ano passado (+6.632).

No primeiro semestre, houve desempenho positivo de quatro dos seis primeiros meses: maio (7.356), abril (1.838), fevereiro (590) e junho (515). Apenas janeiro (-666) e março (-631) foram negativos, o que influenciou o crescimento do primeiro semestre, que é considerado mais fraco do que o segundo na geração de emprego.

O setor de Serviços liderou o crescimento de empregos da Paraíba com saldo de 13.089 postos. Em segundo lugar, bem mais atrás, ficou o setor do Comércio (1.736) e, em terceiro, a Construção (160). Já os setores da Agropecuária (-3.386) e da Indústria (-2.597), influenciados pela entressafra de cana-de- -açúcar e pela fabricação de etanol e açúcar, tiveram baixa no saldo no primeiro semestre.

Com o crescimento do saldo no período, o estoque de empregos totais acumulado em cinco setores privados (Serviços, Comércio, Construção, Agropecuária e Indústria) até junho deste ano ficou em 523.899, alta de 1,75% sobre o mês anterior.

O secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-PB), Marialvo Laureano, destacou “o excelente desempenho na geração de empregos no primeiro semestre da Paraíba, que historicamente é afetado pela entressafra do setor sucroalcooleiro e que apresenta maior expansão no segundo semestre. Contudo, o setor de Serviços expandiu de forma extraordinária a geração de empregos com saldo acima de 13 mil postos, resultado de 61.077 admissões contra 47.988 desligamentos”, frisou.

O secretário da Fazenda estadual avaliou “que, mesmo com o cenário de taxas de juros elevadas e um ano com cenário desafiador para a economia, a Paraíba vem gerando emprego com carteira assinada de forma crescente a cada período da apuração do Caged, com recordes de saldo de empregos nos últimos seis anos e de queda histórica nas taxas de desemprego”, lembrou.

Segundo Marialvo, “isso tem uma relação direta com um Estado equilibrado em suas contas públicas, que continua atraindo empresas, novos investimentos e, ao mesmo tempo, o Estado não tem poupado investimento com recursos próprios em áreas estruturantes e obras, que geram emprego. Até o ano de 2026, serão quase R$ 12 bilhões, em obras em sua grande parte com recursos próprios, e isso influencia o indicador da geração de empregos, que é um dos principais focos do governador João Azevêdo”, comentou.

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês de junho. Entre as regiões, a Sudeste liderou com 76.332 postos, em segundo lugar veio a Região Nordeste (36.405 postos), seguida do Centro-Oeste (23.876) e do Norte (11.683 postos).

O Brasil acumulou um saldo de 1,311 milhão de empregos no primeiro semestre, o que representou uma queda de 6,7% sobre o mesmo período do ano passado (1,122 milhão), segundo dados do Caged divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 05 de agosto de 2025.