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Em sete anos

PB vendeu R$ 15 bilhões por comércio eletrônico

publicado: 12/05/2023 11h15, última modificação: 12/05/2023 11h15
Segundo levantamento, 84% das compras são feitas por clientes de fora do estado
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As vendas on-line no país tiveram crescimento exponencial com a pandemia, passando de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022 - Foto: Pixabay

As empresas da Paraíba venderam R$ 15,7 bilhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançada ontem.

Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas on-line realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal.

No caso da Paraíba, os dados revelam que 84% das vendas foram para consumidores de fora do estado. Destas, os destaques são para telefones celular, televisores, ar-condicionado e geladeiras.

No mesmo período, os paraibanos fizeram compras on-line de outros estados no valor de R$ 5,6 bilhões - com predominância de aparelhos de celular, televisores, desktops e livros e similares.

O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.

“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. “O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, completa.

Crescimento

Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022. Neste intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$ 628 bilhões.

As vendas on-line tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid-19 - e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.

No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.

Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).

A lista completa abrange milhares de produtos - de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 12 de maio de 2023.