O preço dos imóveis residenciais aumentou 0,76% em João Pessoa no mês de janeiro, o que coloca a cidade com a terceira maior alta entre as capitais, atrás apenas de Goiânia (1,61%) e Vitória (0,85%), segundo dados do Índice FipeZap, divulgados no primeiro dia deste mês de fevereiro. O estudo mostra ainda que nos últimos 12 meses a cidade acumula alta de 9,41% no preço dos imóveis e valor médio do metro quadrado em R$ 6.009,00.
O índice analisa o comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras e registrou um aumento de 0,36% em janeiro, o que representa uma ligeira aceleração dos preços em relação ao resultado de dezembro do ano passado (+0,29%). Já quando analisado o período de 12 meses, é constatada uma valorização acumulada de 5,19%.
Na capital, o bairro do Cabo Branco continua com o valor mais alto do metro quadrado, cujo preço médio é de R$ 9.463/m². Porém, o bairro Aeroclube detém o maior crescimento, de 19,7% e valor médio de R$ 6.072/m². Em seguida aparecem os bairros da Torre, cuja variação no preço da venda de imóveis alcançou 13,9%, e Jardim Oceania, com alta de 13,7% e preço médio de R$ 7.447/m². Em contrapartida, Castelo Branco registra queda de 15,4% no preço dos imóveis e o Portal do Sol de 6,4%.
O corretor de imóveis e diretor secretário do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-PB), Glauco Morais, pontuou que as três capitais com as maiores altas apresentam perfis similares: cidades de porte médio e em desenvolvimento. Ele acrescenta que João Pessoa assumiu posição no contexto nacional, o que pode ser atribuído a um trabalho de divulgação feito pelos governos, aliado à ousadia da iniciativa privada, projetos icônicos de arquitetura e belezas naturais da cidade.
Ao avaliar os bairros com as maiores valorizações, Glauco destacou que Aeroclube e Jardim Oceania são menos adensados e possuem áreas disponíveis para implantação de novos empreendimentos. Além disso, os dois locais dispõem de uma gama de serviços que permite ao morador resolver no bairro questões bancárias, além de contar com shoppings centeres, bares, restaurantes e praia. “Diferente de Cabo Branco e Tambaú, que são bairros turisticamente muito fortes, mas sem opções de espaço para desenvolvimento”, disse. Em relação ao bairro da Torre, Glauco destaca que a área tem como público a classe médica. “É um bairro de clínicas, hospitais e alguns residenciais médicos em construção. É o mercado imobiliário médico”, destacou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 07 de fevereiro de 2024.