Os supermercadistas da Paraíba esperam vender de 5% a 10% mais nesta Páscoa do que no mesmo período do ano passado. A projeção foi revelada ao Jornal A União pelo presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo.
Segundo ele, chocolates, azeite, bacalhau e outros pescados são os itens mais procurados nesta época, mas a procura só deve se intensificar na próxima semana. “Na quinta, sexta, sábado e até no domingo. São os dias de mais movimento”, comentou.
“Estamos prevendo um aumento significativo nas vendas em comparação ao ano passado, o que é um indicativo positivo para o comércio em geral. A pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reforça o nosso otimismo com números que mostram que 65% dos brasileiros pretendem fazer compras para a Páscoa em 2024”, disse Eliézio Bezerra, presidente da CDL Campina Grande.
Ainda de acordo com Bezerra, esse otimismo também pode ser visto entre os consumidores paraibanos que deverão, em sua maioria, realizar compras nas lojas físicas, reforçando assim o comércio local e, consequentemente, a nossa economia.
A expectativa do diretor comercial da rede de supermercados Menor Preço, Anderson Melo, é ainda melhor. “Nossa projeção indica 25% de crescimento em relação à Páscoa passada”, afirmou. Ele detalhou que o crescimento deve se concentrar principalmente nos chocolates, pescados e vinhos.
Anderson explicou que, embora os azeites também sejam bastante procurados na época, o comportamento do consumidor tem mudado em relação a este produto, devido à alta de preços.
“Os azeites estão num momento complicado, triplicou de preço”, disse ele, explicando que o aumento ocorre devido à escassez do produto na Europa. De acordo com o profissional, muitas pessoas reduziram o consumo do produto e passaram a comprar embalagens de tamanho menor.
Outra mudança no comportamento do consumidor ocorre com os ovos de chocolate, que cada vez mais são substituídos pelas barras e caixas de bombons. Esse movimento, porém, não é novo. “Já vem acontecendo há um tempo”, destacou Cícero Bernardo.
Anderson Melo lembrou que o bacalhau também aumentou de preço, mas que a procura continuará alta nesta Páscoa, apesar disso. “O consumidor sempre dá um jeito, compra um menos, muda a receita, parcela a compra, mas ele não deixa de fazer seu almoço de Páscoa”, afirmou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 23 de março 2024.