João Pessoa teve aumento de 1,74% no valor do metro quadrado do imóvel residencial no mês de fevereiro, a maior valorização imobiliária entre as capitais no período analisado, de acordo com o índice FipeZap. No acumulado do ano, a cidade também detém a maior alta, de 2,51%, com preço médio de R$ 6.113/m², seguida por Goiânia, cuja valorização foi de 2,35%.
Seguindo tendência das pesquisas anteriores, as maiores valorizações dos últimos 12 meses ocorreram nos bairros Aeroclube (20,4%), Torre (14,8%) e Bessa (14,3%). O metro quadrado mais caro da cidade é no bairro do Cabo Branco (R$ 9.601), em seguida aparecem Altiplano (R$ 8.002) e Jardim Oceania (R$ 7.575). Por outro lado, os bairros do Castelo Branco e Portal do Sol apresentam desvalorização de -22,4% e -1%, respectivamente.
Conforme a pesquisa, todas as 50 cidades avaliadas registraram valorização nos últimos 12 meses, com destaque para Maceió (+15,23%); Goiânia (+14,29%); Florianópolis (+11,29%); João Pessoa (+9,93%) e Manaus (9,80%).
Apesar do aumento no preço, João Pessoa ainda tem o terceiro menor valor do metro quadrado entre as capitais. Já no cenário com todas as cidades pesquisadas, o preço mais alto é em Balneário Camboriú, com metro quadrado avaliado em R$ 12.842, e Itapema, com custo de R$ 12.709/m².
Diretor-secretário do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis na Paraíba (Creci-PB), Glauco Morais afirmou que o aumento na valorização já era esperado e é resultado da concretização dos negócios realizados entre os meses de dezembro e janeiro, quando a cidade registrou alto índice de ocupação por turistas. Ele destacou que o crescimento na procura por imóveis na capital foi surpreendente.
Glauco explicou ainda que os apartamentos mais comercializados são os compactos, com apenas um quarto, que podem estar bem localizados à beira mar e com um ticket médio mais acessível. Ele disse ainda que a valorização dos imóveis na cidade é fruto de investimentos dos incorporadores, empreendedores e gestão pública, inclusive no saneamento básico, que chega a 40% em João Pessoa, um dos maiores percentuais do Nordeste.
“Os compradores geralmente são famílias que vêm a João Pessoa, conhecem, se apaixonam e querem firmar o pé. É o passo inicial para uma jornada que pode ser aposentadoria. Muitas vezes a pessoa quer uma unidade para ficar quando estiver por aqui e alugar para temporada”, explicou.
Índice Nacional da Construção Civil foi de 0,15% no mês passado
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) ficou em 0,15% em fevereiro, caindo 0,04 ponto percentual (p.p.) em relação a janeiro de 2024 (0,19%). Em relação a fevereiro de 2023 (0,08%), a taxa foi maior em 0,07 p.p. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,5%, resultado próximo do 2,43% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em janeiro fechou em R$ 1.725,52, passou em fevereiro para R$ 1.728,11, sendo R$ 1.004,92 relativos aos materiais e R$ 723,19 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,17%, registrando alta tanto em relação a janeiro (0,14%), quanto a fevereiro do ano anterior (0,10%), 0,03 e 0,07 pontos percentuais, respectivamente.
Já a mão de obra, com taxa de 0,13%, registrou queda de 0,14 p.p em relação ao mês anterior (0,27%). Comparado a fevereiro de 2023 (0,04%), houve alta de 0,09 ponto percentual. Os resultados acumulados dos dois primeiros meses do ano foram de 0,31% para materiais e de 0,40% para a mão de obra. Já os acumulados em 12 meses ficaram em 0,30% (materiais) e 5,75% (mão de obra).
Região Centro-Oeste registra maior variação mensal no segundo mês do ano
A região Centro-Oeste, com altas Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, ficou com a maior variação regional em fevereiro (0,36%). As demais regiões apresentaram alta: Nordeste (0,17%), Norte (0,14%), Sudeste (0,11%) e Sul (0,10%).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 13 de março de 2024.