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Venda de milho começa a crescer em João Pessoa

publicado: 23/05/2024 09h15, última modificação: 23/05/2024 09h15
Apesar de já haver boa procura no mercado, a oferta não corresponde à demanda
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Segundo comerciantes, a mão de milho está custando o mesmo que no ano passado: R$ 50 | Fotos: Roberto Guedes
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por Samantha Pimentel*

Seja cozinhado, assado ou mesmo para ser usado no preparo de pamonhas, canjicas, bolos e outras comidas, o milho é o ingrediente principal do cardápio das festas juninas. No Mercado Central de João Pessoa, com a proximidade do mês de São João, as vendas do produto vêm aumentando, mas comerciantes e compradores ainda aguardam que a oferta seja ampliada.

O vendedor Alex dos Santos fala que pelo menos oito caminhões descarregam no Mercado Central todos os dias, vindos até de outros estados, como o Rio Grande do Norte, mas a oferta ainda não está acompanhando a procura. “Tá chegando agora, mas vende todo dia, chega e já vende. A média de preço é de R$ 40, R$ 50 a mão (52 espigas)”, afirmou.

Segundo a vendedora de pamonha e canjica, Verônica Soares Brito, que estava no mercado comprando milho para produzir as comidas, o preço está igual ao de 2023. “Compro milho aqui todo ano para fazer minhas receitas e está o mesmo preço do ano passado, R$ 50 a mão”, destacou. Ela disse ainda que vende seus produtos em Cabedelo, junto com sua filha, e que compra, em média, duas mãos de milho todos os dias. Segundo Verônica, as vendas vêm aumentando à medida que se aproximam as festas juninas: “Chega essa época, o pessoal começa a procurar muito”, afirmou.

Outro vendedor de comidas de milho, Neviton Menezes, que comercializa seus produtos no bairro do Cristo, também estava no Mercado Central e falou que leva três mãos de milho por dia. “Vendo cozido, assado. Pamonha e canjica eu pego de terceiros para revender. Começo a vender três meses antes do São João e continuo três meses depois. Daí eu paro. Agora a procura está boa, lá”, afirmou, comentando que a oferta de milho no mercado ainda está pequena, mas que deve aumentar até o dia primeiro de junho. No Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa), segundo ele, ainda não chegou milho, mas “a previsão é que, no dia primeiro, botem as tendas lá e começem a vender”, destacou.

Vendendo comidas de milho no Mercado Central, onde trabalha há 35 anos, Ana Maria da Silva, mais conhecida como Vó Ana, fala que produz cerca de 200 a 300 pamonhas por dia. “Vendo pamonha, canjica, bolo de milho, bolo de milho com abacaxi, pé de moleque. Vendo por encomenda também, mas elas ainda estão começando. E eu vendo de São João a São João, paro por uns dias, mas depois eu volto novamente”, contou. Ela também destaca que a oferta de milho ainda não é muito grande: “Não tem muito. Está começando a chegar agora. Tá o mesmo preço do ano passado e a qualidade tá razoável. Tem uns bons, tem uns mais fracos, mas tá dando pra fazer as comidas”, comentou.

Produção nacional

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados na oitava estimativa da Safra de Grãos 2023/2024, publicada em 14 de maio, a produção de milho no país está estimada em 111,64 milhões de toneladas, uma redução de 15,4%, o que representa 20,26 milhões de toneladas, em comparação ao período 2022/2023.

 *Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 23 de maio de 2024.