O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerenciado pela PB Saúde, por meio do Núcleo de Psicologia e Comissão de Humanização, em parceria com a Faculdade Rebouças, em Campina Grande, implementou o projeto da Terapia Assistida por Animais (cinoterapia), que é uma técnica cientificamente comprovada, cujo objetivo é ajudar a promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo de pacientes a partir da interação com os cães.
Conforme a coordenadora de Psicologia, Vaneide Delmiro, o projeto teve início na última quarta-feira e será realizado por meio de visitas quinzenais dos cães, sendo, no máximo, três animais por visita, acompanhados dos estagiários do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Rebouças, com seus respectivos tutores. Cada visita terá duração de, no máximo, duas horas e se efetivará por meio do deslocamento dos cães nos corredores assistenciais, das internações pediátrica, neurológica, cardíaca e clínica, bem como nos corredores administrativos, contemplando também os colaboradores que trabalham na unidade hospitalar.
“Nossa expectativa é oportunizar um ambiente acolhedor à comunidade hospitalar (pacientes, familiares e profissionais), criando um espaço para troca lúdica e afetiva entre os envolvidos, além de promover maior integração entre a equipe assistencial e multiprofissional”, explicou Vaneide.
Para Luana Maria, mãe de uma paciente, que tem dois cachorros da raça labrador, é muito importante a iniciativa e foi uma grata surpresa ter um pet da mesma raça que o seu no hospital. “É muito importante essa questão dos animais ajudarem na reabilitação das crianças. Aqui é um lugar muito hostil, onde as crianças vêm procurar a saúde e, quando os animais estão nessa interação, acredito que fica mais brando, mais fácil. Tanto a terapia como o acolhimento é muito lindo. Nós somos fãs, como falei, temos dois e foi muito bom matar um pouquinho da saudade dos nossos. Já faz 40 dias que estamos aqui, então foi muito bacana e achei muito interessante”, relatou Luana.
Segundo José Matias, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Rebouças, a ideia é trabalhar a cinoterapia tanto com os adultos como com as crianças, trazendo mais humanização para o ambiente hospitalar. “Muitas vezes, os pacientes e acompanhantes estão distantes de casa há bastante tempo e têm um animalzinho. Então, a vinda desses animais ao hospital é uma forma de relembrar e amenizar um pouco a saudade, trazendo mais humanização para o ambiente hospitalar”, enfatizou.
A diretora hospitalar Louise Nathalie ressaltou que a Terapia Assistida por Animais é uma realidade em muitos espaços de cuidado, considerando seu potencial terapêutico no tratamento de pessoas de qualquer faixa etária e nas mais diferentes condições clínicas.
“Sabemos do impacto positivo que esse tipo de terapia causa no nosso paciente, pois já tivemos essa experiência aqui no Metropolitano em outro momento, a partir de uma parceria com o projeto Terapet, que é um projeto social que visa levar cães para dentro de instituições de saúde e entidades filantrópicas, em que a filosofia é socializar o amor dos animais com as pessoas para que elas também sintam o amor canino. Então, é uma grande felicidade poder proporcionar novamente a cinoterapia aos nossos pacientes, dessa vez, em parceria com a Faculdade Rebouças”, pontuou Nathalie.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 06 de setembro de 2024.