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Paraíba tem mais de 13 mil casos de dengue

publicado: 04/10/2024 08h39, última modificação: 04/10/2024 08h39
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SES recomenda que a população elimine potenciais criadouros do Aedes aegypti em seus lares | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, ontem, o Boletim Epidemiológico das Arboviroses no 10/2024, apresentando um balanço dos casos na Paraíba. Até o momento, foram contabilizados 15.000 casos, sendo 13.370 de dengue (89,13%), 1.542 de chikungunya (10,29%) e 86 de zika (0,57%). Os dados abrangem o período até a 39ª Semana Epidemiológica, encerrada em 28 de setembro de 2024.

 O boletim destaca que o número de casos de dengue registrou um aumento superior a 100% em comparação com o mesmo período em 2023, contendo uma maior incidência nas 1a, 10a e 11a regiões de saúde. Já para os casos prováveis de chikungunya, houve um aumento de 25% e, em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma redução de 18%, também em relação ao ano anterior.

 Entre os municípios mais afetados, estão Campina Grande, com 401 casos (13,43%), e João Pessoa, com 301 casos (7,56%). Outras cidades que as autoridades estão monitorando de perto incluem Poço Dantas, com 162 casos (56,06%); Barra de Santa Rosa, com 46 casos (51,69%); e Bonito de Santa Fé, com 21 casos (47,73%).

 Até a 39a Semana Epidemiológica de 2024, que foi de 22/9 a 28/9, foram notificados 171 casos de dengue com sinais de alarme. No que diz respeito aos óbitos confirmados, há um total de 10 registrados em Cabedelo (um), Camalaú (um), Campina Grande (dois), Catolé do Rocha (um), Conde (um), João Pessoa (um), Lucena (um), Massaranduba (um) e São João do Rio do Peixe (um).

 Dois óbitos permanecem em investigação nos municípios de Riachão e São Vicente do Seridó. Além disso, foram descartados 36 óbitos em Aparecida, Araçagi, Bayeux, Cabaceiras, Cabedelo, Caldas Brandão, Campina Grande, Dona Inês, Fagundes, Jacaraú, João Pessoa, Logradouro, Mamanguape, Monteiro, Pilar, Pirpirituba, Pocinhos, Pombal, Santa Rita, São José do Sabugi, São Sebastião de Lagoa de Roça, Soledade e Vieirópolis.

 De acordo com a técnica do Núcleo de Arboviroses da SES, Carla Jaciara, o aumento nos casos de dengue demanda ações imediatas de prevenção e controle. “Mais de 89% dos casos correspondem à dengue, que pode ser contraída até quatro vezes devido à existência de quatro sorotipos: dengue 1, 2, 3 e 4”, ressalta.

 A Saúde da Paraíba alerta sobre a importância da participação ativa da comunidade na prevenção das arboviroses, promovendo a limpeza regular dos lares e a eliminação de potenciais criadouros do Aedes aegypti. “Os cuidados se mantêm praticamente da mesma forma, e a população precisa ter atenção com a prevenção e manejo. O não acúmulo de água é fundamental para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, completa Carla Jaciara.

 Para fortalecer o controle, a SES realiza, por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis, do Núcleo de Entomologia e da Sala de Situação, uma série de reuniões e visitas técnicas, além do monitoramento e assessoramento junto aos municípios e às Gerências Regionais de Saúde. O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) está em andamento e visa avaliar a presença do mosquito em diversos municípios.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 04 de outubro de 2024.