Neste ano, cerca de 90 mil residências tiveram o fornecimento de energia prejudicado por conta de queimadas, aponta um levantamento realizado pela Energisa Paraíba. Ao todo, até o momento, em 2024, foram registradas 65 ocorrências de interrupção de energia causadas por incêndios próximos à rede elétrica em todo o estado, o que representa um aumento de quase 5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 62 casos foram identificados.
Ainda de acordo com o levantamento, o problema atinge, sobretudo, os canaviais, incluindo cidades como Santa Rita, Sapé, Rio Tinto, Mamanguape, Mataraca, Jacaraú, Cruz do Espírito Santo, Caaporã e Mata Redonda. Com o período mais seco e quente, a tendência do número de casos é subir e, para evitar que isso aconteça, a concessionária de energia tem adotado diversas medidas para minimizar o impacto para os clientes. Uma das iniciativas é a participação ativa nas ações do projeto “Evite acidentes, evite queimadas”.
“Estamos fazendo um amplo trabalho de orientação, realizado tanto pelas nossas equipes, durante os atendimentos e visitas aos clientes, quanto pelo projeto, que atua justamente na conscientização da população sobre os prejuízos das queimadas”, explica a gerente de Manutenção e Construção da Energisa, Danielly Formiga. “Mesmo sem atingir a rede, as chamas podem colocar em risco a distribuição de energia, já que não é necessário que encostem nos cabos para provocar curtos-circuitos”, alerta a gerente.
O projeto “Evite acidentes, evite queimadas” é uma iniciativa da Energisa Paraíba, que atua na conscientização da população para a prevenção e combate aos incêndios, além de discutir os prejuízos das queimadas, junto a clientes e associações como a Asplan PB (Associação de Plantadores de Cana da Paraíba)
As queimadas e incêndios causam liberação de gases de efeito estufa e prejudicam o meio ambiente. Isso pode piorar a qualidade do ar e impactar a fauna e a flora locais, além de prejudicar o fornecimento de energia, que pode impactar o funcionamento de escolas, lojas comerciais, hospitais e serviços essenciais. A prática também pode colocar em risco a vida das pessoas.
Em alguns casos, as interrupções podem durar horas ou até dias, dependendo da gravidade dos danos. E a distribuidora fica impedida de atuar enquanto não há o controle ou a extinção do incêndio. Com o clima seco, as chamas se espalham mais rápido, tornando muito mais difícil o controle.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 31 de outubro de 2024.