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Salão movimenta mais de R$ 500 mil em três dias

publicado: 16/01/2024 08h50, última modificação: 16/01/2024 08h50
Gestora do PAP, Marielza Rodriguez, prevê R$ 3 milhões em vendas
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Até domingo, foram vendidas 10.146 peças em toda a feira - Foto: Ortilo Antônio

por Ítalo Arruda*

Desde a abertura, realizada na última sexta-feira, o 37º Salão do Artesanato Paraibano, instalado no estacionamento do Hotel Tambaú, na orla de João Pessoa, já movimentou mais de R$ 500 mil em vendas diretas e encomendas de produtos. Até domingo, foram vendidas 10.146 peças em toda a feira. A informação foi divulgada, ontem, pela gestora do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Marielza Rodriguez. Segundo ela, as vendas devem ultrapassar a marca de R$ 3 milhões até o encerramento do evento, previsto para o dia 4 de fevereiro.

A média diária de faturamento é de R$ 209 mil. De acordo com Marielza, o cálculo diário do valor total das vendas é feito sempre no dia seguinte, e, por isso, os dados são passíveis de alteração. O número de alimentos não perecíveis também é bastante animador. Isso porque nos três primeiros dias do evento foram contabilizados 415 quilos de alimento. Essa é uma iniciativa solidária do PAP que vai destinar os itens alimentícios para doação.

A artesã Eugênia Macedo, que há seis anos participa da feira junto com o marido, disse que as expectativas para essa edição estão altas. Os dois trabalham com artesanato em madeira, sendo ela responsável pela pirografia (o processo de desenhar em madeira com uma ponta de metal aquecido) e ele pela produção de brinquedos populares. “Estamos com uma adesão muito grande. Os turistas vêm até o nosso estande, olham, conhecem o produto e acabam levando. As pessoas que vêm até aqui é porque gostam e valorizam o artesanato, e isso contribui muito”, comentou a artesã ao revelar que já vendeu mais de R$ 700 em peças de artesanato.

O resultado obtido nos primeiros dias da feira também foi celebrado pelo desenhista Ernani Machado que, no momento da reportagem, estava realizando um desenho à mão do rosto da publicitária pessoense Malu Diniz. Para o artista, essa está sendo uma das melhores edições do Salão do Artesanato Paraibano. “Por dia, faço uns sete ou oito desenhos. Sem contar os que são encomendados”, diz Ernani que desde os 15 anos de idade pratica essa atividade de desenhar as pessoas. Cada obra, segundo ela, leva em média cinco minutos para ficar pronta.

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Movimento é celebrado por artesãos - Foto: Ortilo Antônio

Enquanto posava para o retrato feito à mão, Malu Diniz afirmou que vai guardar a obra em algum lugar especial da casa onde mora. “É um prazer poder estar sendo desenhada por este artista”, disse a jovem, ressaltando que a feira artesanal “está linda e cheia de trabalhos incríveis”.

As mineiras Bruna Massai e Esteffani Luzia aproveitaram o último dia da viagem à capital paraibana para conhecer o Salão do Artesanato, e ficaram encantadas com o que viram. “É a nossa primeira vez aqui e vamos voltar para Belo Horizonte com muitas recordações no coração e na sacola também”, brincou Bruna enquanto apontava para os presentes já embalados e com destino para Minas Gerais.

“O que mais me chamou atenção foi a culinária. Vocês têm uma gastronomia muito saborosa”, afirmou Esteffani, que junto à Bruna, aguardava por um pedido na praça de alimentação montada no interior do Salão. “Vamos voltar outras vezes, com certeza”, acrescentou.

O 37º Salão do Artesanato Paraibano funciona todos os dias, das 15h às 22h, no estacionamento do Hotel Tambaú, na orla da capital. A entrada é gratuita, mas pede-se que seja doado um quilo de alimento. Além da exposição e comercialização de produtos artesanais, o local conta com praça de alimentação e palco para apresentações artísticas. O evento seguirá aberto até o dia 4 de fevereiro.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 16 de janeiro de 2024.