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Secretaria capacita jovens para atuar com agrofloresta

publicado: 22/08/2024 08h37, última modificação: 22/08/2024 08h37
Projeto é classificado como profissionalizante e atende cerca de 40 pessoas
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Ontem, os alunos realizaram uma atividade de campo na área denominada Bosque | Foto: Divulgação/Secom-PB

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) iniciou o módulo Agrofloresta do curso “Educação Ambiental: Fortalecendo a Juventude do Campo e a Inclusão Social” para jovens do Projeto Social Kinder. Eles participam da Associação Centro Rural de Formação (ACRF), no município de Cruz do Espírito Santo, localizado a 28 km da capital.

Ontem, os alunos realizaram uma atividade de campo na área denominada Bosque, situada atrás da associação. Essa localidade já é utilizada para o plantio de árvores frutíferas e para o cultivo de uma horta, beneficiando tanto os integrantes da associação quanto a população em geral.

Durante a realização da atividade, os alunos escolheram entre duas áreas para implementar a agrofloresta, uma técnica capaz de integrar a produção de alimentos, a conservação ambiental e a preservação das tradições culturais. Com o conhecimento adquirido em sala de aula, eles contribuirão para a alimentação dos animais que vivem na associação e para a manutenção do espaço.

Gustavo Amaro da Silva, estudante e participante do projeto desde 2022, relatou que se envolveu no projeto para adquirir mais conhecimento e ajudar a comunidade onde vive. “Estou ansioso para começar a revitalização do nosso SAF com novas plantas e hortaliças”, afirmou o aluno do projeto.

"Fico extremamente feliz ao ver os jovens dedicados a contribuir para o meio ambiente"
- Rafaela Camaraense

Thiago Silva, gerente-executivo de Áreas Protegidas, Biodiversidade e Gestão Costeira da Semas, ressaltou a importância de os jovens contribuírem de forma prática para o projeto: “É fundamental que esses jovens estejam inseridos em projetos como esse e compreendam a relevância de cuidar do meio ambiente. Eles são essenciais para construir a consciência ambiental que nosso planeta necessita e formar cidadãos mais conscientes”.

O próximo passo envolverá a criação de croquis para o planejamento das ações nas áreas escolhidas, desde a seleção das espécies de plantas até a colheita. Profissionais da área ambiental, bem como técnicos da Semas, acompanharão o processo, realizando visitas mensais para esclarecer dúvidas sobre a condução do projeto.

Ivanildo Luiz, educador do projeto e coordenador da ACRF, iniciou a criação do Bosque em 2008 com a produção de flores tropicais. Ele tem a intenção de incluir mais projetos como esse na grade curricular da associação: “Esse tipo de projeto é fundamental para formar cidadãos comprometidos com a coletividade e conscientes da importância de cuidar do nosso planeta”.

Em junho deste ano, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, lançou, durante a abertura da Semana do Meio Ambiente, o projeto Agente Jovem Ambiente (AJA). Essa iniciativa representa um investimento de 5 milhões de reais e beneficiará diretamente dois mil alunos da rede estadual de ensino. O objetivo desse projeto é envolver os jovens paraibanos em ações de meio ambiente e sustentabilidade, colaborando para a formação cidadã e promovendo o bem-estar social da comunidade paraibana.

“Fico extremamente feliz ao ver os jovens dedicados a contribuir para o meio ambiente. Nossa gestão tem priorizado esse tipo de trabalho, criando ações de capacitação. Recentemente, lançamos o AJA, e a missão dele é impactar ainda mais jovens, porque entendemos que o futuro da nossa geração está na criação da conscientização ambiental deles,” afirmou a secretária do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense.

Sobre o projeto

O projeto “Educação Ambiental: Fortalecendo a Juventude do Campo e a Inclusão Social” é classificado como profissionalizante e atende cerca de 40 jovens. Seu objetivo é promover ações que contribuam para a transformação do município, valorizando a atuação dos jovens tanto no campo quanto na cidade. O curso abrange temas como desenvolvimento sustentável, conscientização de direitos, produção de alimentos saudáveis, promoção social e igualdade de gênero, raça e etnia. Com duração de 11 meses, o curso está previsto para ser concluído em abril de 2025.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa no dia 22 de agosto de 2024.