Sob um encontro entre cinema, jornalismo e literatura, foi aberta, ontem, a 20ª edição do Fest Aruanda, festival internacional do audiovisual que acontece anualmente em João Pessoa, na Paraíba. O evento, que vai até o dia 10, foi iniciado às 18h com o lançamento do livro “Lula — Volume 1”, biografia sobre o presidente do Brasil e ex-operário, Luiz Inácio Lula da Silva, escrito pelo jornalista Fernando Morais, que esteve presente, dando autógrafos. O primeiro dia de festival aconteceu no Cinépolis, no Manaira Shopping.
Fernando Morais, aliás, fará parte do festival também como jurado, na mostra competitiva nacional. A solenidade de abertura começou às 20h30, com discursos, deferências e premiações. As homenagens póstumas foram ao documentarista Silvio Tendler e ao ensaísta e ator Jean-Claude Bernardet, que marcaram época no cinema brasileiro e morreram neste ano.
O governador da Paraíba, João Azevêdo, compareceu no início da noite de abertura do festival e foi homenageado como parceiro do cinema paraibano. Ele destacou a força do evento para a cultura cinematográfica do estado, reforçando que o Fest Aruanda também é um espaço em constante movimento de ideias. Em 2025, o Governo da Paraíba é o patrocinador master do festival.
“É uma alegria sempre renovada. É um momento muito especial para a cultura paraibana. São investimentos reais em todas as áreas culturais. A cada ano, há um fortalecimento maior no Fest Aruanda. Vamos levar o festival, neste ano, para as areias da Praia de Tambaú, para que mais pessoas possam ter acesso ao cinema”, analisou o governador.
Dois troféus foram entregues, na solenidade, a agentes notáveis que seguem fazendo parte do circuito de difusão da sétima arte no país. O Troféu Aruanda foi entregue ao diretor de programação da Cinépolis Brasil, Eduardo Chang, que representou a Rede Cinépolis, vencedora do prêmio.
Já o Troféu Aruanda Missionária do Cinema Nacional foi concedido à jornalista e crítica de cinema Maria do Rosário Caetano, que fez parte da primeira edição do Fest Aruanda, em 2005, e que esteve presente em várias outras oportunidades como integrante do evento. A noite de abertura teve, ainda, a presença de figuras ilustres da cultura paraibana, como o compositor Geraldo Vandré, as atrizes Marcélia Cartaxo e Zezita Matos, o ator Buda Lira e o diretor Marcus Vilar.
O primeiro dia do Fest Aruanda foi encerrado com a exibição de dois filmes. O primeiro a ser exibido foi o curta-metragem paraibano de ficção “Index”, do diretor João Lobo. Em seguida, os espectadores acompanharam o longa-metragem brasileiro “Ary”, sobre a vida do autor de Aquarela do Brasil, Ary Barroso. A película, dirigida por André Weller, conta com atuações de Dira Paes, Stepan Nercessian, Marcos Caruso e grande elenco, enquanto a narração fica por conta de Lima Duarte.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 4 de dezembro de 2025.
