A Polícia Civil da Paraíba (PCPB) segue com as investigações acerca do pediatra Fernando Cunha Lima, que teve sua prisão preventiva decretada, na última terça-feira (5), pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
O médico, acusado de abuso sexual contra crianças em seu consultório, não se apresentou à polícia nem foi encontrado em sua casa, em João Pessoa, o que lhe rendeu o status de foragido. Segundo a delegada Ana Caroline Adissi, há indícios de que Cunha Lima tenha saído da capital paraibana.
Ainda de acordo com Ana Carolina, o pediatra não tem sido visto no edifício onde mora e teria tido tempo suficiente para premeditar sua saída. A hipótese é baseada no fato de que as chaves do apartamento estavam no local no momento em que os policiais chegaram para efetuar a prisão.
A delegada também informou que aguarda o contato da defesa, em caso de apresentação do médico à polícia. Já os advogados de Cunha Lima revelaram à imprensa, após a decisão da terça-feira, que entrariam com um pedido de habeas corpus, a fim de garantir a liberdade do acusado. Essa foi a quinta vez que a Justiça analisou um pedido de prisão preventiva contra Fernando Cunha Lima — e a primeira vez que ele foi acatado. Na decisão da Câmara Criminal, também foram autorizadas buscas e apreensão de aparelhos celulares, computadores, outros dispositivos eletrônicos e fichas médicas em posse do médico.
A decisão incluiu ainda a quebra de sigilo de dados telefônicos e dos dados existentes nos aparelhos eletrônicos e fichas médicas das pacientes. Os materiais apreendidos serão, agora, periciados pelo Instituto de Perícia Criminal (IPC).
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 07 de novembro de 2024.