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Audiência de instrução é suspensa e remarcada para o dia 13 de junho

publicado: 21/05/2024 09h50, última modificação: 21/05/2024 09h50

por Daniel Abath e Lílian Viana*

O padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), não foram interrogados ontem, durante a primeira audiência de instrução dos processos do Caso Padre Zé, realizada no Fórum Criminal de João Pessoa, em Jaguaribe. A pedido da defesa do religioso, a audiência foi suspensa e remarcada para o dia 13 de junho, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa que serão indicadas e os réus, interrogados.

Durante a sessão, presidida pelo juiz titular da 4a Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto, foram ouvidas seis testemunhas de defesa e uma testemunha da denúncia, segundo informações da assessoria de Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). De acordo com o TJPB, a audiência foi suspensa após o advogado de defesa insistir no depoimento das testemunhas faltosas.

A audiência é referente à Operação Indignus, que investiga desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Nesse processo, são citados o padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira). Amanda e Egídio cumprem prisão domiciliar e Jannyne se encontra em regime fechado.

O padre Egídio também é réu em investigação de desvio de recursos públicos destinados à aquisição de computadores para a instituição hospitalar, juntamente com Amanda Duarte e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda. A audiência de instrução desse processo está marcada para o dia 27 deste mês.

Relembre o caso

O Caso Padre Zé tornou-se público no dia 20 de setembro de 2023, a partir de denúncia realizada em agosto sobre o furto de mais de 100 aparelhos celulares do hospital. Um suspeito foi preso, mas depois passou a responder em liberdade, cumprindo medidas cautelares. Após a denúncia, o padre Egídio deixou a direção do hospital e, durante o desenrolar das investigações, a Arquidiocese da Paraíba afastou o padre do serviço eclesiástico.

Depois do furto, o Ministério Público da Paraíba recebeu uma denúncia anônima sobre irregularidades na gestão no Hospital Padre Zé durante o comando do padre Egídio. Em 3 de outubro de 2023, vários órgãos públicos da Paraíba formaram uma força-tarefa para investigar essas irregularidades, composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 21 de maio de 2024.