A barragem Roçado, localizada no município de Conceição, a 482 km de João Pessoa, rompeu, ontem, após uma recarga de um grande volume de água devido às chuvas na região. Apesar do incidente, não houve registro de feridos de acordo com as autoridades locais, porém, famílias que moram no sítio onde fica a barragem tiveram as casas invadidas pela água e seus bens levados pela enxurrada.
De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa), o fornecimento de água da cidade de Conceição foi suspenso por falta de energia elétrica. Conforme os registros feitos pela Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), choveu, somente ontem, cerca de 99 milímetros somente na cidade de Conceição. A cidade de Ibiara, que fica ao lado do município que teve a barragem rompida, teve o maior registro com estado no dia de ontem, com 118 milímetros.
O reservatório que estourou com a força da água faz parte dos reservatórios que são monitorados pela Aesa. Segundo último registro do monitoramento dos açudes da Paraíba, o Roçado estava, até a terça-feira (9), com um volume de 554 mil metros cúbicos, cerca de 69,3% de sua capacidade total, que era de 798 mil metros cúbicos.
O capitão Gleison Araujo Medeiros, comandante da 4a Companhia Independente de Bombeiro Militar, não houve registro de pedidos de resgate vindos de Conceição, município que pertence a área de cobertura da companhia. “Não recebemos nenhum chamado pelo 193, mas tomamos conhecimento do fato pela internet, e colocamos uma guarnição para ir até o local hoje que verificou lá os estragos, ajudou lá um pessoal a atravessar o riacho em alguns momentos”, explicou o capitão.
Ainda de acordo com o capitão Gleison Araújo Medeiros, a equipe de bombeiros do local constatou que o volume de água que vazou da barragem baixou.
Uma família chegou a ficar ilhada, mas conseguiu atravessar o rio e foi para a área urbana da cidade, segundo relato dos bombeiros.
“O relato que temos é de que dois açudes menores estouraram e desembocaram neste de porte mediano, que acabou estourando também. As famílias saíram do local mais por conta da falta de energia e de água, mas perderam suas plantações, além do estrago nos demais bens”, acrescentou o comandante da 4ª Cia do Corpo de Bombeiros da Paraíba.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 12 de janeiro de 2024.