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EM JOÃO PESSOA

Chico Pereira comemora 80 anos com exposição na Usina Cultural Energisa

publicado: 03/05/2024 09h14, última modificação: 03/05/2024 09h24
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Exposição de Chico Pereira (no detalhe) ficará aberta ao público até o dia 25 deste mês | Fotos: João Pedrosa
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por Lílian Viana*

Projetos arquitetônicos, fotografias, esboços e obras sobre papel. O legado de Chico Pereira abrange uma vasta gama de expressões artísticas, ao longo de mais de seis décadas de produção, chegando a se confundir com a sua trajetória de vida. Por isso, as comemorações de seus 80 anos não poderiam fugir do que já nasceu com ele: a arte. Ele iniciou as celebrações, ontem, com a inauguração da exposição A arte de Chico Pereira na Arquitetura, na Galeria de Arte da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa.

Com curadoria de Dyógenes Chaves, a exposição é um passeio pelos seus mais de 60 anos dedicados às artes e à cultura do país, com obras sobre papel (desenhos, aquarelas, colagens), painéis, murais, vitrais, cobogó, azulejo, cerâmica e esboços produzidos entre 1969-2019. Entre elas, quatro painéis instalados em espaços públicos de João Pessoa e Campina Grande: “Tropicália”, de 1969, sua obra pioneira, no restaurante universitário da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); “Civilização ao Couro no Nordeste”, de 1994, no Centro de Tecnologia do Couro e do Calçado na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Campina; “Varanda de Rede”, de 2008, na Estação Cabo Branco; e “História de Campina Grande em Forma de Arte”, de 2017, no Parque Ecológico de Bodocongó.

“Eu não sei se eu nasci para a arte ou a arte nasceu para mim. Eu acho que nos completamos, né? Arte, para mim, é uma atividade extremamente prazerosa, porque me permite desenvolver a minha criatividade. Essa exposição, especificamente, é um resumo da minha trajetória, um legado da minha história, da minha vida, para que as novas gerações possam entender o que foi a minha participação na arte paraibana”, resumiu Chico Pereira.

Já o artista plástico Flávio Tavares evidenciou a integração entre a arte, a arquitetura e protesto, campos que comumente se encontram na trajetória de Chico. “Sempre foi uma pessoa de vanguarda, sempre à frente. A arte de Chico, muito tempo, era uma arte de contestar, era uma arte de protesto e servia muito de exemplo ao pessoal mais jovem. Não foi uma influência no sentido estético, mas me influenciou na ‘cozinha’, vamos dizer assim, de saber usar o material, a tinta e múltiplos materiais também”, destacou Flávio.

A exposição ficará aberta ao público até o dia 25 de maio, com visitações disponíveis de terça a sexta, das 13h às 18h, e aos sábados e domingos, das 16h às 20h. A entrada é gratuita.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 03 de maio de 2024.