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Fest Aruanda começa com homenagem

publicado: 06/12/2024 08h44, última modificação: 06/12/2024 08h44
Governador participa da abertura do evento e destaca investimentos para fomentar o audiovisual paraibano
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A diretora-presidente da EPC, Naná Garcez, e o governador João Azevêdo, na abertura do festival | Foto: João Pedrosa

Marcada pela homenagem póstuma ao cineasta documentarista Vladimir Carvalho, a 19a edição do Festival de Audiovisual Internacional da Paraíba — Fest Aruanda — teve sua abertura ontem, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa. Além da destacável presença do diretor de Fotografia Walter Carvalho, irmão de Vladimir, outros homenageados compareceram, como a atriz Suzy Lopes, e autoridades públicas, como o governador da Paraíba, João Azevêdo.

Depois de depoimentos antigos de Vladimir sobre o festival, cinema e a finitude da vida e falas de seus pares na tela da sala nove, Walter Carvalho recebeu, das mãos da atriz Zezita Matos, o troféu que materializa a reverência aos feitos do documentarista.  “Vlad é uma convergência de duas pessoas: irmão e segundo pai. Ele ajudou minha mãe a nos criar. Ele era 13 anos mais velho que eu. De uma largada só, o cara que me aplicou ao cinema e me apresentou ao Sertão paraibano e eu me apaixonei pelo Sertão. Virei um dependente do cinema e a única maneira de lidar é fazer cinema”, contou Walter.

A diretora da Cinemateca Brasileira, Dora Mourão, revelou uma das últimas preocupações de Carvalho: o futuro do seu acervo pessoal. Segundo ela, há a possibilidade do órgão criar uma unidade, em Brasília, que teria como a primeira missão receber todo o material do documentarista paraibano. “Devemos essa para ele e vamos chegar lá”, comprometeu-se.

Após às homenagens, houve a exibição do curta-metragem “A Bolandeira”, de Vladimir de Carvalho, e o longa-metragem “Malu”, de Pedro Freire, filme que aborda a história de uma mulher de um passado glorioso, que se vê presa em um caos existencial, e tem em seu elenco Yara de Novaes, Juliana Carneiro da Cunha, Carol Duarte e Átila Bee.

 Investimento no audiovisual

O governador da Paraíba, João Azevedo, participou da cerimônia e lembrou que o estado tem mais de 16 mostras de filmes espalhadas pelo território. Todas elas apoiadas pelo Executivo estadual.  “O Fest Aruanda faz parte do calendário cultural da Paraíba e a cada ano se renova. E o Governo da Paraíba mais uma vez se faz presente no Festival e no fomento à produção audiovisual paraibana, que vai desde a Lei Paulo Gustavo, ao investimento de R$ 1,2 milhão em 20 editais de cinema, ao Aruanda Play, um streaming que qualquer cidadão pode acessar, representando uma ferramenta poderosa para difundirmos a nossa arte”, declarou.

O diretor-executivo do festival, professor e cineasta Lúcio Vilar, agradeceu a colaboração do Governo Estadual. “O Fest Aruanda tem um apoio muito importante do Estado, o que nos fortalece a cada ano, mostrando o papel social das empresas e dos órgãos públicos. O resultado disso é o Festival que começa hoje e eu espero que atraia um grande público”, comentou.

 Lançamento

A editora A União também esteve presente no festival com o lançamento do livro “Luz, Câmera...Crítica!”, organizado por Lúcio Vilar. A obra é uma coletânea das críticas de Linduarte Noronha, publicadas n’A União entre 1950 e 1960. O livro traz 64 textos do diretor do filme que dá nome ao festival: Aruanda (1960).

A gestão estadual apoia o Fest Aruanda por meio da PBGás e da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), além da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior.

Prestigiaram a solenidade de abertura do Fest Aruanda o secretário de estado da Comunicação Institucional, Nonato Bandeira; a presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, Bia Cagliani; e a diretora-presidente da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Naná Garcez.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 06 de dezembro de 2024.