Usado especialmente em missões militares, o veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente, mais conhecido por drone, pode ser o novo aliado da Secretaria de Estado da Saúde (SES) no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em parceria com as Forças de Segurança da Paraíba-Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) – a SES promoveu, ontem pela manhã, o primeiro voo piloto com drone para identificar possíveis focos do mosquito. A ação foi realizada na sede do Detran-PB, em Mangabeira, na capital.
O chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Nílton Guedes, explicou que, a partir do voo piloto, serão adotadas estratégias de combate aos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Essa nova tecnologia vai nos possibilitar encontrar focos onde o agente de saúde não consegue localizar, a exemplo de pontos aéreos, como calhas, piscinas e prédios abandonados e isso vai fazer com que os agentes de saúde cheguem, em tempo hábil, e façam esse controle do mosquito”, disse.
Há mais de quatro décadas trabalhando com controle de focos, Nílton está bastante otimista com a novidade. “Estou muito motivado. Eu sou do tempo que os agentes de saúde andavam com escadas, o que causava muitos transtornos e riscos de acidente. E agora, com essa tecnologia, juntamente com as Forças de Segurança e esses equipamentos modernos, uma certeza nós temos: vamos conseguir chegar de forma rápida, identificar e direcionar o controle correto”, ressaltou.
Essa nova tecnologia vai nos proporcionar a encontrar focos onde o agente de saúde não localiza
- Nilton Guedes
Durante a ação, foram usados drones do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. De acordo com o capitão Adílson, do Comando de Operações Aéreas da Polícia Militar, além das atividades rotineiras da PM, nas quais as aeronaves têm auxiliado contribuindo com prisões e apreensões no combate ao crime organizado, os drones ganham uma nova atribuição, em prol do bem-estar da sociedade. “Da mesma forma que usamos essa ferramenta para zelarmos pela segurança dos cidadãos, agora, ela estará voltada também para combater o mosquito da dengue, zika e chikungunya”, pontuou.
No Corpo de Bombeiros, rotineiramente, as aeronaves são utilizadas em busca e salvamento; perícia de incêndios; afogamentos e no monitoramento de praias, identificando as áreas que necessitam de maior contingência policial.
*Matéria publicada originalmente no dia 27 de março de 2024.