Para marcar os 50 anos de colunismo social, o jornalista Abelardo Jurema Filho agraciou 80 personalidades e instituições paraibanas, no Intermares Hall, em Cabedelo. Na noite de ontem, a 26ª edição do Troféu Heitor Falcão teve como principais agraciados o governador do Estado, João Azevêdo, e a primeira-dama Ana Maria Sales Lins.
O jornalista abriu uma categoria especial para o chefe do Executivo. “Ele nunca se colocou à frente do cargo. O seu comportamento é realçado pela simplicidade. Os homens simples são os mais importantes”, justificou Jurema no ato de entrega da comenda.
João Azevêdo foi convidado para falar em nome dos demais homenageados. “Não me sinto à altura de representar tantas personalidades que verdadeiramente fazem a história da Paraíba. Vocês constroem a Paraíba e sei que esse reconhecimento é verdadeiro e sincero por conta da sua história no jornalismo”, ressaltou.
A primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, angariou o Troféu de Ação Social. “Só o título dela como primeira-dama e o comportamento dela já justificariam qualquer homenagem. É uma pessoa tímida e simples. Além disso, tem um trabalho muito bonito no artesanato e outras ações que desenvolve na área social”, disse Abelardo Jurema à imprensa antes da cerimônia.
Na avaliação de Ana Lins, o momento reconhece os serviços prestados ao povo paraibano. “Antes da eleição não sabia o que fazia uma primeira-dama, mas vi que tem muito trabalho. Eu me identifiquei muito com a parte social e sou também presidente de honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP). Junto do governador, eu sou uma ponte”, falou a nossa equipe. Para o governador, ela é parceira de primeira hora. “É um trabalho compartilhado que fazemos. É com ela que a gente divide os momentos mais difíceis, os mais alegres, às vezes com muitos amigos”, destacou Azevêdo.
História
Em 1975, a primeira coluna de Abelardo Jurema foi publicada no jornal O Momento, na edição semanal de 8 a 12 de novembro. Ele foi convidado pelo proprietário do jornal exatamente porque Heitor Falcão, que hoje dá nome ao troféu, havia deixado o periódico para fundar o seu próprio jornal.
“São 50 anos sem parar”. Depois de três anos em O Momento, ele foi para o jornal O Norte, no qual trabalhou por 11 anos. Em seguida, levou sua coluna para o Correio da Paraíba por 30 anos, até o fechamento do impresso. “Quando o jornal fechou, achei que minha vida tinha acabado, porque só sei ser jornalista. Contrariando até meus filhos, comecei a fazer a coluna na internet, mas como ela era no jornal”.
Hoje ele envia sua coluna por meio de 18 linhas de transmissão em um aplicativo de mensagens instantâneas. Na avaliação de Jurema, a coluna permanece porque “sou de uma escola de jornalistas, não de colunista. Aprendi com ele [Heitor Falcão] a amplitude de um jornalista”, opinou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 14 de novembro de 2025.